Preços estáveis para o couro verde, mas a pressão ainda é de baixa.
Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, o couro verde de primeira linha é negociado ao redor de R$0,50/kg. Negócios entre R$0,35/kg e R$0,45/kg são registrados, principalmente, em Minas Gerais e no Paraná.
Diante da morosidade das vendas de couro curtido e dos preços relativamente baixos vigentes no mercado internacional, os compradores de couro verde apontam que, se o dólar romper o piso de R$1,90 (como rompeu o de R$2,00), as cotações voltarão a cair.
EMBARQUES DE COURO ESBOÇAM REAÇÃO, PORÉM...
Em maio, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil exportou 27,40 mil toneladas de couro, com faturamento de US$90,30 milhões. Em relação a abril, houve aumento de 2% em volume e 11% em receita.
O preço médio do couro exportado ficou em US$3,30/kg. Reajuste de 9% em relação aos US$3,04 de abril.
Os números apontam para uma ligeira recuperação dos embarques. Mas é preciso considerar um efeito sazonal: os importadores europeus reforçam as compras em maio e/ou junho em função da paralisação que ocorre durante o período de férias (julho e agosto).
Além do mais, há pouca coisa para comemorar. Em relação a maio do ano passado, quando foram exportadas 29,07 mil toneladas de couro, no valor de US$182,14 milhões, houve uma retração de 6% em volume e de 50% em faturamento.
O preço médio, naquele período, era de US$6,27/kg. Veja que o preço caiu quase pela metade.
Não bastasse, o real está em valorização, castigando ainda mais as margens dos exportadores.
O setor atravessa um período bastante difícil e não existem expectativas positivas para o curto prazo.
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