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Scot Consultoria

Valorização do real preocupa os exportadores


Sexta-feira, 22 de maio de 2009 - 18h44

Curtumes e frigoríficos estão numa disputa de queda de braço por conta dos preços do couro verde. Os primeiros, em função das vendas fracas e da valorização do real, querem derrubá-los. Já os frigoríficos, com a arroba do boi gordo voltando a se valorizar e dificuldade de venda de carne, não querem (de forma alguma) perder receita. Todos estão de olho no dólar. Se ele romper o piso de R$2,00, vai ser difícil segurar o couro verde. EFEITOS DA VALORIZAÇÃO DO REAL Esta análise sobre os efeitos da valorização do real foi solicitada por um leitor. Na verdade, seguimos com o tema abordado na semana passada. Veja na figura 1 os preços médios do couro brasileiro exportado, em dólares e em reais, desde janeiro de 2002. É evidente que em alguns períodos - meados de 2002 a início de 2003, por exemplo - a desvalorização da moeda nacional anulou os efeitos da queda dos preços internacionais do couro. Agora acompanhe com os olhos do princípio ao final do gráfico. Veja que, a partir de meados de 2008, quando teve início o mais recente movimento de baixa do mercado internacional (valores em dólares), os preços em reais mantiveram-se em alta, em função da desvalorização da moeda nacional. Esse movimento se estendeu até dezembro de 2008. De lá para cá, os preços internacionais caíram. A diferença é que, para “ajudar”, o real começou a se valorizar. Em moeda nacional, portanto, as cotações caíram de forma mais acentuada. Entre dezembro de 2008 e abril de 2009, o preço médio do couro exportado pelo Brasil caiu de US$5,26/kg (ou R$12,70/kg) para US$3,04/kg (ou R$6,70/kg). Retrações de 42% em dólares e de 47% em reais.
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