O mercado do couro continua andando de lado no Brasil e no mundo. Em março, o volume de couro exportado pelo Brasil apresentou uma pequena retração, mas o faturamento caiu mais da metade se comparado ao mesmo período do ano passado.
Internamente as coisas também não vão nada bem.
Com o couro de primeira linha no Brasil Central valendo R$0,55/kg, os agentes do setor não andam nem um pouco animados. A desvalorização desde o início do ano já soma 21,43% e as vendas continuam muito fracas.
As expectativas se confirmaram: a Fashion Access, importante feira do setor coureiro realizada em Hong Kong, não emplacou para os brasileiros, que venderam pouco e a preços baixos.
A demanda anda decepcionando continuamente. De um modo geral, 60% do couro produzido no Brasil é destinado ao setor automotivo. Com a crise, ocorreu redução da produção de automóveis de luxo e conseqüente diminuição da fabricação de estofamentos de couro.
A relação com o setor moveleiro e calçadista também parece ter esfriado, com aumento do uso de tecidos e tênis, e a impressão dos agentes é que o couro está saindo de moda.
Enquanto isso, as cotações do couro verde também seguem estáveis há mais de um mês.
A expectativa é que o mercado continue assim ainda por um tempo, sem perspectiva de melhora por enquanto.
SEBO ESTÁVEL
Assim como ocorre com o mercado do couro, o sebo também continua com cotações estáveis, cotado em R$1,50/kg no Brasil Central.
Espera-se uma retração nas cotações em decorrência da chegada do outono e de temperaturas mais amenas.
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