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Scot Consultoria

Devagar quase parando


Sexta-feira, 27 de março de 2009 - 19h16

O mercado do couro verde está andando de lado, ou seja, não foram registradas alterações para os valores de referência. De toda forma, em função de volume, qualidade e localização, tem-se hoje, no Brasil, cotações entre R$0,20/kg e R$0,60/kg. Temos comentado que as vendas estão fracas, pois os setores que mais demandam couro brasileiro, o automotivo e o moveleiro, estão no centro da crise econômica. Um grande curtume nos passou um exemplo prático, que ilustra bem a situação. Há alguns meses, 60% da produção dessa empresa era destinada ao setor moveleiro. Hoje, apenas 5% vira sofá. Verifica-se que o setor de calçados tem sentido menos o impacto da recessão, porém, não consegue absorver todo o couro disponível no mercado. Numa visão geral, o mercado doméstico está melhor (ou menos pior) que o externo, independentemente do setor que se esteja analisando. Com a alta do dólar, os produtos acabados, que vêem principalmente da China, ficam menos competitivos aqui dentro. Porém, as fábricas brasileiras, sejam de móveis, calçados, automóveis, etc. não conseguem absorver todo o couro que o país produz. Historicamente, cerca de 60% a 80% do couro brasileiro é exportado. E o baque vem em cadeia. A indústria química aponta queda das vendas em função da morosidade do curtimento. Além do mais, segundo representantes desse setor, quem está curtindo acaba optando por “métodos mais rudimentares”, a fim de conter as despesas. A ociosidade média dos curtumes está na casa dos 50%, sem perspectiva de reversão. Ao menos para o curto prazo. Ainda assim, a pressão de baixa sobre o couro verde, que havia sido retomada nas últimas duas semanas, está voltando a perder força. Boa parte dos agentes consultados aponta que o problema está na venda do couro curtido e não no preço da matéria-prima. Além do mais, a situação dos frigoríficos também não está nada boa. Portanto, há forte resistência quanto a novos ajustes para o couro verde. DEMANDA PELO SEBO EM QUEDA A demanda pelo sebo começou a esfriar. Reflexo da crise, acreditam os fornecedores, já que nesse período era para a procura ainda se manter em bons patamares. Dessa forma, a maioria dos agentes entrevistados já não acredita em alta. Apontam, agora, tendência de estabilidade. Mesmo porque, a oferta relativamente reduzida ajuda a equilibrar o mercado.
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