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Scot Consultoria

Retomada das pressões baixistas


Quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009 - 16h00

O couro verde de primeira linha, no Brasil Central, está sendo negociado entre R$0,60/kg e R$0,70/kg, a prazo, para descontar o funrural, com a maior parte dos negócios no patamar mais baixo. O mercado dava sinais de que havia chegado ao piso. Porém, nos últimos dias, os curtumes voltaram a apontar tendência de baixa. O fato é que o esperado aquecimento de mercado, com o final do ano novo chinês, não aconteceu. O setor ainda espera por uma retomada gradual das vendas no curto prazo. Mas o mercado sinaliza que, em relação ao mesmo período do ano passado, os volumes serão menores e os preços muito mais baixos. E não é só no Brasil que o mercado está frouxo. O último relatório do Meat and Livestock Austrália (MLA), divulgado em meados de fevereiro, informa que a cotação do couro verde australiano caiu cerca de 80% em relação ao mesmo período do ano passado. Quanto pior a qualidade do produto, mais forte tem sido o ajuste de preço. Como há pouca demanda, os curtumes podem se dar ao luxo de serem extremamente seletivos e ainda pagar “barato”. Já para o couro wet blue australiano, o ajuste foi de aproximadamente 40%. Os curtumes, tanto do Brasil quanto de outros países, afirmam que são obrigados a derrubar demasiadamente as cotações da matéria-prima porque os outros custos, como mão-de-obra, energia e produtos químicos (estes últimos atrelados ao dólar), não caem. A pressão está sendo repassada aos frigoríficos, que já amargam uma forte perda de receita em função da queda dos preços da carne. O SEBO TAMBÉM ESTÁ SOB AMEAÇA DE BAIXA O mercado do sebo bovino, que vinha trabalhando em ambiente firme (com alta de R$0,10/kg nas últimas semanas), agora também está sob ameaça de queda. O fato é que a ociosidade das indústrias de biodiesel e de higiene e limpeza tem aumentado, em função do enfraquecimento da demanda (a culpa, mais uma vez, recai sobre a crise econômica). Alguns compradores já voltaram a trabalhar com R$1,40/kg, apesar da maior parte dos negócios ainda ocorrer em R$1,50/kg. A oferta relativamente reduzida, por conta da morosidade dos abates, ajuda a dar sustentação aos preços.
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