A referência de preço para o couro verde de primeira linha no Brasil Central está em R$0,60/kg. Na verdade, como vem acontecendo nas últimas semanas, os negócios oscilam entre R$0,60/kg e R$0,70/kg. No entanto, hoje, a maior parte dos negócios pende para o lado do valor mais baixo.
O couro catado, por sua vez, é negociado entre R$0,30/kg e R$0,40/kg. Os pequenos frigoríficos enfrentam muita dificuldade de escoamento, sendo obrigados a salgar e “estocar”.
As vendas (exportações) estão bastante fracas. Muitos curtumes apontam que devem voltar a reduzir a produção, apesar da prática já estar se tornando inviável, por conta dos custos fixos. Estima-se que a ociosidade média do setor esteja em 50%.
EXPORTAÇÕES DE COURO: PIOR DESEMPENHO DESDE 2002
Em janeiro último, de acordo com dados preliminares do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil exportou 20,8 mil toneladas de couro, um aumento de 14% em relação ao mês anterior, mas com queda de 31% em relação a janeiro de 2008.
Já o faturamento ficou em US$73,60 milhões, queda de 23% em relação a dezembro e de 63% em relação aos US$183,49 milhões de janeiro do ano passado.
Aliás, o faturamento não era tão baixo desde julho de 2002, quando ficou em US$71,26 milhões. Veja na figura 1.
A queda de desempenho das exportações tem sido, logicamente, o combustível para o movimento de baixa no mercado do couro verde.
SEBO EM ALTA
O sebo, por sua vez, trabalha em ambiente firme. Os negócios são fechados na casa de R$1,50/kg (com ICMS diferido), mediante a possibilidade de novos reajustes.
Além da demanda relativamente aquecida, como é típico do período quente do ano, a oferta não é abundante, em função à morosidade dos abates bovinos.
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