• Domingo, 19 de maio de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Mercado do couro verde sem sustentação


Quinta-feira, 4 de dezembro de 2008 - 08h15

As cotações voltaram a recuar R$0,10/kg para o couro verde de primeira linha no Brasil Central e para o couro catado no Rio Grande do Sul. A pressão de baixa está se intensificando. Entre janeiro e novembro de 2008 o mercado despencou 53,7%, em média. Veja as variações por praça e por tipo de couro na tabela 1. A maior parte dos agentes consultados acredita que o couro verde de primeira linha poderá cair até R$0,50/kg, no Brasil Central, já em janeiro de 2009. Isso levaria o couro catado para baixo de R$0,30/kg. O problema é que as vendas estão realmente muito fracas. Os importadores, diante de um mercado frio, estão se dando ao luxo de escolher fornecedores. A vantagem é de quem tem custo competitivo, mas atrelado à qualidade. Dessa forma, os curtumes nacionais trabalham com ociosidade ao redor de 40% e também selecionam fornecedores. Os pequenos frigoríficos e matadouros, que normalmente comercializam peles de pior qualidade (pois adquirem gado com mais incidência de ectoparasitos e tendem a apresentar problemas na esfola), estão sob ameaça de não conseguir escoar a produção de couro. Os números ainda não foram divulgados, mas tudo leva a crer que as exportações de novembro recuaram na comparação com outubro. E os curtumes estão bastante pessimistas com o desempenho de dezembro. Mediante tal cenário, contando ainda com a possibilidade da oferta de couro começar a melhorar (em função do início da safra do boi gordo), a tendência é de novos recuos para as cotações do couro verde. SEBO TAMBÉM EM QUEDA O sebo bovino também está em baixa. As vendas esfriaram e existe a expectativa de aumento de oferta, o que faz com que os compradores pressionem negativamente o mercado. Já existem negócios na faixa de R$1,50/kg. A tendência para os próximos dias, portanto, é de novos recuos. Entre janeiro e novembro as cotações do sebo bovino recuaram 3,5% no Brasil Central, com alta de 1,5% no Rio Grande do Sul.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja