• Segunda-feira, 27 de maio de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Oferta, demanda, câmbio e competitividade


Quinta-feira, 20 de novembro de 2008 - 16h01

As cotações do couro verde seguem estáveis, variando apenas em função de volume e qualidade. Os compradores tentaram impor um recuo de R$0,90/kg, mas sem sucesso. A oferta relativamente reduzida, em função da queda dos abates, tem dado certa sustentação ao mercado. As vendas, por sua vez, seguem fracas. E as perspectivas econômicas para os principais compradores do couro brasileiro não são nada animadoras. Acompanhe na tabela abaixo as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI). Vale destacar que o couro brasileiro hoje se destina principalmente aos setores automotivo e moveleiro, talvez os que mais estejam sentindo os efeitos da crise. A boa notícia é que o crédito está voltando a circular. Está mais caro e menos ofertado, mas a situação hoje é melhor do que há algumas semanas, quando o dinheiro simplesmente sumiu. Outro fator que ajuda a amenizar o efeito da crise sobre os curtumes é a desvalorização do real. A não ser para aqueles que contraíram dívidas em dólares ou que estavam “protegidos” no mercado futuro contra uma contínua desvalorização da moeda norte-americana, que não aconteceu. O câmbio tem oscilado entre R$2,15 e R$2,35 por US$1,00. Para o final do ano, a projeção do boletim Focus (pesquisa do Banco Central) aponta para R$2,10, sendo que estava em R$1,90 há um mês. Por fim, graças também à valorização do dólar, o couro salgado dos Estados Unidos perde competitividade no mercado internacional, sendo que a produção norte-americana tende a recuar em 2009. Nos últimos anos, em função da valorização do real, era a competitividade do couro brasileiro que estava em queda. Ao longo dos próximos meses acompanharemos como cada um desses fatores irá pesar na cadeia brasileira do “boi ao calçado”. QUEDA PARA O SEBO BOVINO No Brasil central foi registrada retração de R$0,03/kg para o sebo bovino. A oferta se mantém ajustada, mas os seguidos recuos observados para o óleo de soja, concorrente do sebo na produção de biodiesel, abriram espaço para o ajuste. De acordo com a Aboissa, a tonelada do óleo de soja bruto, CIF São Paulo, caiu de R$1.820,00/tonelada para R$1.700,00/tonelada entre 23 de outubro de 13 de novembro.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja