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Scot Consultoria

Pressões externas voltam a derrubar o couro verde


Sexta-feira, 7 de novembro de 2008 - 11h02

As cotações do couro verde voltaram a cair no Brasil Central. Foram registrados ajustes de R$0,10/kg tanto para o couro catado quanto para o produto de primeira linha. Aliás, está tudo em queda: boi, carne e couro. Até o sebo, que na semana passada chegou a ser negociado a R$1,80/kg (apesar de não ter sido esse o preço referência), caiu para R$1,70/kg, sendo que já se fala em queda para a semana que vem. As ofertas de gado, carne, couro e sebo estão em baixa. Além de ter pouco gado no mercado, várias indústrias frigoríficas estão paradas. Os curtumes, por sua vez, estão trabalhando com 60% e 70% da capacidade total e as informações dão conta de que muitos “salgadeiros” estão com couro em estoque. No que diz respeito ao couro, as pressões vêm, principalmente, do mercado externo. Com os Estados Unidos em crise, o mundo todo pára de comprar. Afinal, sejam calçados, bolsas ou artefatos diversos, a maior parte do couro acaba sendo direcionada para o mercado norte-americano. Quem ainda está comprando, em função dos problemas de acesso a crédito e da expectativa de queda de demanda, pressiona pedindo preços menores e prazos maiores. Alguns curtumes informam que até mesmo grandes compradores da Itália, que nunca quebraram um contrato, agora querem negociar descontos de até 15% para cargas que já foram fechadas. E assim estimulam outros clientes a fazer o mesmo. O lado positivo é que, a médio e longo prazo, o couro brasileiro sairá ainda mais competitivo dessa crise, graças ao ajuste das cotações e à desvalorização do real. Hoje, porém, o cenário é de contenção de despesas, renegociação de contratos, cancelamento de investimentos e redução da produção.
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