Alívio cambial

Preços estáveis para o couro verde. Já são duas semanas sem alterações, depois de um forte movimento de baixa iniciado em junho. Vale recordar. No início de junho, o couro verde, no Brasil Central, era negociado em R$1,80/kg (primeira linha) e R$1,60/kg (catado). De lá para cá, portanto, os recuos foram de R$0,60/kg, para ambos. No Rio Grande do Sul, por sua vez, a cotação do couro catado saiu de R$1,80/kg para R$1,50/kg, no mesmo período. Recuo de R$0,30/kg. O cenário é o mesmo. Europa e China ainda estão, praticamente, fora das compras. Os chineses têm afirmado que retomarão as negociações em setembro, após as Olimpíadas. Mas os curtumes brasileiros estão com um “pé atrás”, ou seja, preferem esperar para ver. O mercado de estofamentos segue bem ruim, em função da crise que atinge os EUA e acaba respingando também na Ásia, onde boa parte dos curtumes se dedica a atender o mercado norte-americano. De positivo só a desvalorização do real. Ainda que seja um movimento pouco acentuado, serve para reduzir o pessimismo em função de um dólar que só caía, rumando perigosamente para a casa dos R$1,50. Acompanhe a cotação da moeda norte-americana na figura 1. As expectativas de mercado são de que o dólar siga em valorização. Aliás, esse foi o tema da coluna da semana passada Diante desse cenário, a tendência é que o mercado do couro verde siga andando de lado. SEBO TAMBÉM ESTÁVEL Preços estáveis também para o sebo. E assim devem se manter, ao menos em curto prazo. A oferta e demanda encontram-se equilibradas.
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