Couro e sebo em queda. E esse poço parece que não tem fundo.
O couro catado, no Brasil Central, é negociado na faixa de R$1,00/kg.
O preço base para o couro verde de primeira linha, por sua vez, está em R$1,30/kg, e já tem curtume afirmando que, ao longo dos próximos dias, ele poderá recuar mais R$0,20/kg. Será que chega a R$1,00/kg?
A questão é que, apesar do término do período de férias, a Europa permanece “quieta”, ou seja, os curtumes brasileiros não estão recebendo consultas.
Ninguém sabe quais serão os parâmetros de preço e de demanda (volume) com que os europeus retornarão às compras.
Em síntese, as vendas seguem travadas, a apreensão é grande e o câmbio não pára de cair. O cenário realmente favorece a retração dos preços da matéria-prima. Imagine se os abates estivessem a todo vapor...
O preço do sebo também está em queda. Foram registrados recuos de R$0,10/kg no Brasil Central e no Rio Grande do Sul.
Já existem relatos de negócios a R$1,40/kg, lembrando que, há menos de um ano, o produto chegou a ser negociado a R$2,30/kg.
O lado positivo é que a desvalorização do sebo já começa a viabilizar, novamente, algumas atividades, como a produção de velas e de biodiesel.
Mas a situação não agrada os frigoríficos. Ao longo dos últimos 15 dias, enquanto os preços do couro e do sebo despencaram, respectivamente, 7% e 9%, a arroba do boi gordo reagiu 4%.
Para alívio da indústria, a carne subiu fortemente no período. Veja a figura 1.
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