As cotações do couro verde permaneceram estáveis em R$1,50/kg no Brasil Central, para o produto de primeira linha.
Os curtumes ainda se mostram insatisfeitos com a cotação da matéria-prima. Mas parece que, após algumas semanas de queda, o mercado encontrou um patamar de resistência.
A oferta, apesar de relativamente reduzida, se mostra suficiente para atender a demanda, enfraquecida pela crise econômica dos EUA e pelo período de férias na Europa. Só para constar, a Itália é o maior cliente brasileiro.
Os europeus devem retornar ao mercado em agosto. E, a partir daí, dependendo dos patamares de preço propostos pelos compradores do Velho Mundo, os curtumes brasileiros irão avaliar se retomam as pressões baixistas sobre a cotação do couro verde ou se deixam o mercado como está.
O câmbio também exercerá (como já vem exercendo) forte influência sobre a formação dos preços do couro. Será que ele vai chegar a R$1,50 por US$1,00? Vale lembrar que os juros (Selic) devem subir ainda mais, e que a pressão inflacionária não anima muito o governo a trabalhar no sentido de amenizar a valorização da moeda nacional.
De toda forma, para o curto prazo, a tendência é que o mercado de couro verde siga andando de lado.
SEBO EM BAIXA
O sebo caiu de novo. Dessa vez foi registrado recuo de R$0,10/kg no Rio Grande do Sul. Há pouca oferta, mas os compradores alegam que a demanda pelo produto também não é das melhores.
No Brasil Central, apesar do preço estável, foram registrados negócios na faixa de R$1,85/kg. É bem possível, portanto, que o preço referência recue na semana que vem.
Vale lembrar que o sebo, no Brasil Central, era negociado a R$2,30/kg em meados de abril, 130% a mais do que valia no mesmo período do ano anterior.
De lá para cá, porém, houve um recuo de 17%. Veja na figura 1.
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