A pressão baixista sobre o couro verde se intensifica

Preços estáveis para o couro verde. Mas já foram registrados negócios, no Brasil Central, na faixa de R$1,60/kg, para o produto de primeira linha. Os curtumes apostam que, na semana que vem, essa retração se consolida. A questão é que a indústria curtidora segue pressionada, de um lado, pela valorização do real. De outro, pela morosidade das vendas, principalmente por parte da China e dos EUA. Aliás, em maio, o preço médio do couro exportado recuou pelo terceiro mês seguido. Veja na figura 1. Vale destacar que as indústrias do setor, por meio do Centro das Indústrias de Curtume do Brasil (CICB), estão engajadas em duas campanhas. Uma pela taxação das exportações de gado em pé. Aliás, esse tipo de comércio está na mira de curtumes e frigoríficos, preocupados com a saída de matérias-primas do país. O boi vivo leva embora, além dele próprio, a carne, o couro, o sebo e os miúdos. A outra pela redução dos impostos de importação de couro salgado e wet blue, a fim de melhorar o abastecimento doméstico. Vale destacar que o couro verde é o único derivado bovino que se desvalorizou ao longo do último ano. Boi, carne, sebo e miúdos trabalharam em alta. E mesmo com “problema de oferta”, o mercado do couro está em baixa. Que dirá se realmente houver um aumento da importação. PRESSÃO TAMBÉM SOBRE O SEBO O sebo bovino é negociado a R$2,10/kg no Rio Grande do Sul e no Brasil Central, mas já foram registrados negócios na faixa de R$2,05/kg. A demanda diminuiu com a chegada do frio. Comportamento bastante típico desse mercado.
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