A semana foi marcada por poucos negócios na maior parte das praças pesquisadas.
Por um lado, os pecuaristas relutam em entregar os animais para abate, tentando equilibrar a oferta e, quem sabe, promover a valorização da arroba. Por outro, os frigoríficos, mesmo comprando menos, mantêm as cotações. Abatem menos ou alternam dias, tentando ajustar as escalas.
Boa parte do Centro-Oeste atravessa problemas de falta de chuva, o que também auxilia na manutenção dos preços. Parte dos produtores, mesmo que queira, não consegue reter os animais em engorda.
No Paraná, muitos frigoríficos, com escalas cheias para 1 semana, interromperam as compras. A oferta recuou ligeiramente, mas insuficiente para ocasionar qualquer modificação no mercado. Novamente, é a seca o principal obstáculo à manutenção dos animais nos pastos.
Na Bahia os frigoríficos também afirmam que está um pouco mais difícil de comprar. As escalas atendem 3 dias, em média. Se, na virada do mês, a carne reagir, é possível que o boi acompanhe.
Em geral, os preços estão firmes. Poderia haver tendência mais sólida de alta, não fosse a boa oferta de fêmeas (que algumas vezes preenchem a maior parte das escalas), a seca, o dólar baixo e a morosidade das vendas internas de carne.
No atacado, os preços ficaram estáveis. O consumo segue lento, mas na próxima semana, com o início de mês e escalas mais curtas, pode haver reajustes.
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