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Scot Consultoria

Carne bovina - O que esperar para dezembro!


Terça-feira, 6 de dezembro de 2011 - 16h28

O fim de ano chegou e o mercado do boi se prepara para os últimos suspiros de 2011. Tanto no ano passado como neste, a carne foi um fator de forte sustentação para a arroba do boi gordo no segundo semestre. Depois de fazer o pico do ano em R$7,02/kg, em meados de novembro, o preço do boi casado caiu R$0,39/kg em duas semanas, atingindo os R$6,63/kg vigentes na primeira semana de dezembro, de acordo com levantamento da Scot Consultoria. Nesses quinze dias, o boi gordo recuou R$4,50/@ em São Paulo. Mas o que esperar para o mercado nesta reta final? Para fazer uma avaliação do curto prazo, olhamos o comportamento histórico dos preços da carne no atacado e no varejo, em São Paulo. No varejo Para os preços do varejo, fizemos uma retrospectiva dos preços médios mensais de 2005 a 2010, considerando um conjunto de dezesseis cortes, de dianteiro e traseiro. Para retirar qualquer influência da inflação, deflacionamos os preços pelo IGP-DI. Veja na figura 1 o comportamento mensal dos preços deste conjunto de cortes. As maiores altas do ano no varejo ocorrem no último trimestre de cada ano, impulsionadas pelo consumo. Na média de 2005 a 2010, a maior alta mensal ocorreu em novembro, cuja valorização média foi de 4,7%. Porém, não para por aí. Em dezembro, o preço médio no varejo ainda apresenta uma alta média mensal de 2,1%. Como resultado, o maior preço do ano para a carne bovina no varejo, considerando o histórico analisado, ocorre neste mês. No atacado Para os preços no atacado, analisamos as cotações médias mensais do boi casado, também de 2005 a 2010, deflacionadas. Figura 2. Apesar do comportamento dos preços no atacado serem semelhantes aos do varejo nos três primeiros trimestres do ano, no último apresenta uma nítida diferença. O pico de preços do ano ocorre em outubro. A alta em relação a setembro é de 5,2%. Em novembro ocorre uma ligeira queda, de 0,9%, e em dezembro um recuo mais forte, de 4,9%. Dessa forma, tivemos, na média de 2005 a 2010, um mercado atacadista frouxo para a carne com osso em dezembro. Situação em 2011 No mercado varejista, em virtude da forte alta até dezembro do ano passado, praticamente mantida em janeiro, os maiores preços de 2011 ocorreram neste mês, ao contrário dos últimos cinco anos. Mesmo assim, de junho até novembro, houve altas mensais consecutivas, compactuando com a recuperação de preços no segundo semestre. O varejo deve continuar incorporando altas no curto prazo. O bom consumo é um sinal positivo em termos de escoamento de produção. Já para o atacado, a trajetória foi bastante parecida com a média apresentada. Vale de preços em meados do ano e pico, até o momento, em novembro. Existe a possibilidade, em função da atual conjuntura, de oferta restrita de boiadas, de reajustes para a carne com osso no curto prazo. Porém, levando em conta a história recente do mercado, temos bons indícios de que o consumo de fim de ano não deve puxar fortes altas para o atacado, mesmo com o mercado enxuto. Ao que tudo indica, os maiores preços do ano devem ter ficado em novembro. Isso deve valer também para o boi.
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