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Scot Consultoria

Pecuária de corte:Rio Grande do Sul dá mostras de virada de ciclo


Sexta-feira, 19 de janeiro de 2007 - 18h00

O momento atual é de safra, quando normalmente a oferta de boi gordo para abate é maior do que a demanda da indústria. Entretanto, os preços estão firmes em boa parte do País. Vale destacar o comportamento do mercado no Rio Grande do Sul, onde os preços pecuários seguem numa trajetória de alta, que teve início em março de 2005. Os preços atualmente praticados, para o boi gordo, no Rio Grande do Sul, de R$1,96/kg para a região de Erechim e R$1,94/kg para Pelotas, são os mais altos do País. Equivalem, respectivamente, a R$58,80/@ e R$58,20/@. Em algumas regiões do Estado o boi gordo chega a ser cotado em R$60,00/@. A disponibilidade de animais terminados está bem ajustada. Esse movimento teve início com a redução da oferta de animais de reposição, resultado de anos seguidos de abate expressivo de matrizes, redução de investimentos e perda de área para agricultura. O aumento das exportações de gado em pé também ajudou na retração da oferta. Já as cotações de animais para reposição subiram, em média, 40% ao longo de 2006, no Rio Grande do Sul. Corretores não encontram gado e os pecuaristas enfrentam sérias dificuldades para trocar o boi gordo por bezerros, bezerras, garrotes e novilhas. E se por um lado a oferta de gado e de carne diminuiu, a demanda está aquecida. O cenário internacional, favorável às exportações de carne bovina, ajudou a deixar o mercado ainda mais enxuto. O volume exportado pelo Rio Grande do Sul em 2006 (carne bovina in natura e industrializada) foi 57,4% superior ao observado em 2005. Em faturamento, o crescimento foi ainda maior. A receita dobrou em relação a 2005. Veja a figura 2. O faturamento, em 2006, foi de US$294,2 milhões, com alta de 100,6% frente aos US$146,7 milhões de 2005. O Estado foi um dos que mais se beneficiou com os embargos levantados principalmente contra São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Foi o primeiro a voltar a exportar para a Rússia e o único que hoje tem acesso ao Chile. Diante de todos esses fatores, com o preço médio do boi gordo 15,7% mais alto do que há um ano e forte valorização dos animais para reposição, a pecuária gaúcha volta a respirar. Ao que tudo indica o Rio Grande do Sul já colhe os frutos do início de um novo ciclo pecuário.
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