Atacado e varejo

Nova semana de alta para os preços da carne bovina no varejo. São Paulo registrou, ao longo da última semana, o maior reajuste médio: 6,95%. Em seguida vieram os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, respectivamente (figura 1). O varejo aproveitou para recompor as margens, já que as cotações no atacado sem osso permaneceram estáveis. No atacado com osso, por sua vez, foram registrados recuos para praticamente todas as peças. A margem da desossa, em relação ao boi, voltou a superar a da carcaça. Veja na figura 2. As vendas de carne estão fracas. Primeiro, é preciso considerar o período (segunda quinzena de mês, quando o salário já foi comprometido). Depois, tem a questão dos seguidos aumentos de preço, castigando o bolso do consumidor. Detalhe. Em função da frouxidão cambial, as exportações para alguns mercados estão se tornando inviáveis. Dessa forma, as indústrias têm priorizado o abastecimento do mercado doméstico, pressionando o atacado. É possível, portanto, que os consumidores sejam agraciados com aumentos mais comedidos de preço, ou até com alguns recuos. Tudo vai depender da estratégia de venda a ser adotada, a partir de agora, pelo varejo.
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