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Scot Consultoria

Co-geração de energia


Quarta-feira, 11 de outubro de 2006 - 20h04

  • A crise energética instalada no País em 2001, as freqüentes ameaças de "apagões" e a recessiva política federal de racionamentos forçados fizeram pesquisadores, estudiosos e especialistas do setor energético, repensarem sobre a esgotada matriz energética nacional, baseada quase que exclusivamente em hidrelétricas.
  • Uma das saídas propostas era embasada na construção de termoelétricas a gás natural - combustível importado da Bolívia - com preço fixado em dólar no mercado internacional, e outra, na utilização da capacidade instalada das usinas de cana-de-açúcar para gerar excedentes energéticos a partir da queima de biomassa.
  • Dentro desse quadro de risco potencial de déficit no abastecimento de energia elétrica e de crise econômico-financeira do setor elétrico, algumas usinas canavieiras começaram a viabilizar investimentos em equipamentos de co-geração mais modernos e eficientes, a fim de produzir pequenas margens de excedentes de energia elétrica comercializáveis.
  • Um aspecto importante dessa possibilidade de expansão de energia elétrica originada da co-geração de biomassa de bagaço é a heterogeneidade das instalações das usinas. Existe uma grande diferença entre as unidades de processamento de cana no País. Diferenças nas eficiências de rendimento agrícola, na capacidade de moagem e, principalmente, de postura empresarial. Esse é o grande cuidado que se deve ter quando analisamos o potencial gerador desse segmento da economia.
  • Deve-se aliar os interesses dos setores sucroalcooleiro, elétrico e do governo, adaptar essa necessidade energética a um programa de difusão da produção a partir do bagaço, disponibilizar capital para investimentos tecnológicos e definir políticas claras para comercialização da energia.
  • Estudos realizados apontam para um déficit crescente de energia elétrica por vias tradicionalmente implantadas (hidrelétrica principalmente), sendo nítida a importância do bagaço de cana como matéria-prima no processo de co-geração. A disponibilidade hídrica dos rios praticamente se esgotou para a construção de novas barragens, principalmente na região Sudeste e investimentos em usinas termoelétricas a gás natural, apesar de importantes e necessários, mostraram-se menos viáveis.
  • O período de colheita coincide com o pico de consumo de energia e pouca chuva, sendo que a maioria da energia do País é procedente de fontes hidráulicas e o excedente de energia pode ser vendido para as companhias elétricas.
  • Do bagaço, podemos obter o bagaço hidrolisado para alimentação animal, diversos tipos de papéis, fármacos e produtos como o furfurol, de alta reatividade, para a síntese de compostos orgânicos, com grande número de aplicações na indústria química e farmacêutica.
  • Estima-se que cada megawatt-hora gerado com o uso da biomassa evita a emissão de 110 kg de dióxido de carbono (CO2) que seriam produzidos pela geração com gás natural (BITTAR, 2002).
  • Através do PROINFA (programa para estimular fontes alternativas de energia), novos projetos de co-geração a partir do bagaço da cana-de-açúcar estão sendo financiados, com contratos de fornecimento de energia.
  • A cana-de-açúcar está capacitada para fornecer energia para a comunidade, ao mesmo tempo em que o açúcar e o etanol estão sendo produzidos. ___________________________________________________________________________ joão gabriel borzani da silva - é graduando em agronomia e colaborador da scot consultoria joaogabriel@scotconsultoria.com.br
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