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Cresce a produção de transgênicos no Brasil


Sexta-feira, 18 de maio de 2012 - 09h34

A área plantada com soja transgênica somou 21,4 milhões de hectares em 2011/2012. Isto representa 85,6% dos 25,0 milhões de hectares ocupados pela cultura nesta temporada, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).


No caso do milho, a estimativa é de que 9,9 milhões de hectares tenham sido semeados com sementes geneticamente modificadas (GM), ou seja, 63,5% dos 15,6 milhões de hectares plantados em 2011/2012, considerando a primeira safra e safrinha.


O incremento de 32,0% no uso de sementes transgênicas em relação à safra anterior foi puxado pelo aumento de 13,4% na área total de milho. A área de milho safrinha aumentou 20,1%.


Para o algodão, estima-se que 470 mil hectares tenham sido semeados com sementes geneticamente modificadas. A utilização de sementes transgênicas aumentou 26,1% em relação a 2010/2011. A participação dos transgênicos foi de 33,5%.

Segundo maior produtor mundial


O Brasil é o segundo semeador mundial de transgênicos, atrás somente dos Estados Unidos, que semearam quase 70,0 milhões de hectares com culturas transgênicas em 2011/2012.


Nos Estados Unidos, quase a totalidade da área de milho e soja é ocupada com organismos GM. Na Argentina, o cenário é semelhante para a soja.


No Brasil, o cultivo da soja transgênica foi regulamentado em 2005 pelo governo federal. Para o milho e algodão, a regulamentação foi em 2008.


Na região Sul do Brasil, 95,0% da soja plantada é transgênica e no Centro-Oeste este número ficou em 80,0%. São as regiões com maiores participações no país.


Para o milho, a participação da área plantada com sementes GM varia de 76,0% a 78,0% da área total no Centro-Sul. No Norte e Nordeste, essa participação cai para 10,0% e 25,0%, respectivamente.


As sementes transgênicas, em geral, apresentam características de resistência a determinados insetos e doenças. Ou, no caso da soja, tolerância ao herbicida glifosato.


Considerações finais


A discussão em função da produção de alimentos transgênicos cresceu na mesma proporção da adoção da tecnologia.


A melhoria ou facilidade de manejo, a redução dos custos, o menor uso de defensivos agrícolas e oferta de variedades precoces e adaptadas se confrontam com a cobrança de royalties, o aumento da resistência a plantas daninhas e questões ligadas ao ágio pago pela soja convencional.


Outro ponto de discórdia é a dificuldade e aumentos dos custos, por exemplo, para a separação dos grãos transgênicos do convencional na armazenagem e transportes, já que existe um nicho para a soja convencional.


A favor ou contra, uma coisa é certa, a utilização de organismos geneticamente modificados é realidade e tendência na agricultura mundial.


 



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