As cotações do milho, nas diversas regiões produtoras, têm registrado comportamentos distintos.
Apesar da estabilidade observada na maioria das praças, os preços reagiram levemente no Rio Grande do Sul. Isso em decorrência do clima adverso (seca), que levou à uma significativa quebra de safra.
O comportamento dos preços para o próximo semestre vai depender principalmente da estratégia de vendas dos produtores, que já armazenam o grão, e do desempenho da produção do milho safrinha.
Entretanto, algumas estimativas da Agroconsult revelam que a produção na safrinha deve ficar abaixo de 7 milhões de toneladas, sendo que eram esperadas mais de 10 milhões de toneladas.
A diminuição da expectativa de produção se deve a problemas climáticos no Mato Grosso do Sul e Paraná, principalmente.
Caso essa tendência se confirme, há possibilidade de ligeira recuperação dos preços no médio prazo.
SOJA
América do Sul responde por mais de 50% da produção mundial de soja, sendo a China o principal importador do produto.
O país asiático é o quarto maior produtor mundial, mas sua produção atende menos de 50% da demanda interna. É, portanto, um importante mercado comprador.
Nos próximos 3 meses o país asiático deve importar volume superior a 6,5 milhões de toneladas, e mesmo assim a demanda pode ser considerada fraca.
Os preços baixos das cotações da soja na China devem interferir na intenção de plantio para a próxima safra. Muitos produtores podem preferir o milho à soja, dados os preços mais atrativos.
Não deixa de ser um bom sinal para o Brasil. Se faltar mais soja na China, o grão brasileiro pode ter maior competitividade e liquidez naquele mercado.
Para o curto prazo, a tendência é que os preços domésticos da soja fiquem estáveis. Ligeiras oscilações podem ocorrer, decorrentes de acomodações da oferta e intenção de venda dos produtores.