Na Argentina, choveu no segundo final de semana de janeiro, após meses de estiagem nas principais regiões produtoras de grãos . Este fator foi suficiente para mexer com o mercado internacional de grãos, que vive a expectativa de uma menor oferta e estoques apertados em 2011.
O menor volume de chuva, reflexo do fenômeno La Niña, prejudicou o plantio e o desenvolvimento das lavouras e deve comprometer a produtividade em 2010/2011.
Observe a figura 1. Em algumas áreas, a precipitação acumulada de outubro a dezembro de 2010 foi inferior ao volume esperado para janeiro deste ano.
A expectativa era de que neste ciclo fosse colhida a maior safra de grãos de todos os tempos na Argentina. Entretanto, a cada dia as estimativas são reduzidas.
A Bolsa de Cereales da Argentina chegou a falar em uma produção de 55 milhões de toneladas de soja e 25,5 milhões de toneladas de milho em 2010/2011.
A expectativa atual é que o país colha 47 milhões de toneladas de soja e pouco mais de 22 milhões de toneladas de milho. Isto significa uma quebra de até 15% nesta temporada.
Essa quebra pode fazer com que o Brasil ganhe espaço no mercado mundial de soja e subprodutos, como o óleo e o farelo.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a participação do Brasil nas exportações de soja em grãos nesta temporada deve passar de 30% em 2009/2010 para 32% neste ciclo. A Argentina, que em 2009/10 respondeu por 14% das exportações mundiais, deve ter uma participação de 12% este ano.
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