Milho: mercado em baixa

Os preços do milho estão pressionados. No mercado físico são poucos os negócios e a elevada oferta ainda é o principal fator baixista. Em São Paulo, região de Campinas, as cotações acumulam queda de 15% desde o final de 2009. Veja a figura 1. A saca, que era negociada em R$20,00 para entrega imediata, hoje está valendo R$17,00, nas mesmas condições. Este é o menor valor dos últimos anos. Nas demais regiões o comportamento do mercado foi semelhante. Em média, os preços caíram 5% no período analisado. Além dos estoques em alta, outros fatores contribuem para as quedas: preços internacionais em baixa e a necessidade de liberação dos armazéns para a safra nova. À medida que a soja é colhida no Centro-Oeste, o plantio do milho de segunda safra (safrinha) avança. Por enquanto, os números da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) apontam para uma área ocupada com o milho safrinha próxima de 4,9 milhões de hectares. No entanto, a produção deve crescer em função da boa produtividade esperada. Na safra anterior, a safrinha foi prejudicada pela estiagem no Centro-Sul do país. ÍNDICE ESALQ E MERCADO FUTURO O índice ESALQ para o milho acumula queda de 5% ao longo de janeiro. Na última quarta-feira (27/1) a saca de 60kg fechou em R$19,20. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o movimento é de queda. Os contratos com vencimento em março/10 estão cotados em R$18,09/saca, uma desvalorização de 6% no mês.
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