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Redução na área de soja

por Maria Gabriela Tonini

Sexta-feira, 26 de agosto de 2005 - 11h48

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SOJA

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) espera uma redução de 3% a 4% na área plantada com soja na safra 2005/06 no Brasil.

A estimativa é baseada na falta de crédito para os produtores, que devem investir menos em soja neste ano. Um exemplo é a redução em 27,9% na quantidade de fertilizante entregue no primeiro semestre de 2005, comparado ao mesmo período de 2004.

Além da quebra da produção, os sojicultores enfrentam também preços baixos, que estreitam a rentabilidade da atividade.

Pesquisa da Scot Consultoria apontou que o preço do farelo de soja, o mais importante derivado da soja, em São Paulo, está atualmente 11% mais baixo que em agosto de 2004, em reais nominais.

Apesar da previsão de redução da área plantada, a Abiove estima que a produção deve aumentar na próxima safra. O ano 2005 foi ímpar, com quebra brusca de safra em função de problemas climáticos. A expectativa é que a produção aumente 14,6%, podendo chegar a 58,2 milhões de toneladas.

MILHO

Em meados de agosto, os preços médios do milho estão 5,5% inferiores aos preços de meados de julho.

Quando se compara agosto de 2005 com agosto de 2004, é possível verificar que, em valores nominais (dinheiro da época) os preços estão nos mesmos patamares.

Agosto, época de planejamento das compras de insumos para a safra 2005/2006, registrou queda nos preços dos fertilizantes, segundo pesquisa da Scot Consultoria. Em um mês, os preços dos principais adubos usados para o plantio de grãos abaixaram 7% a 8%.

Em um ano, o preço dos formulados mais usados para plantio de milho, acompanhados pela pesquisa de mercado, recuou entre 15% e 18%. Mesmo com toda crise de preços, é provável que o produtor de milho encontre maior facilidade na aquisição de fertilizantes em 2005.

Os fertilizantes representam, em média, cerca de 50% a 60% do custo operacional de produção de milho.

A saca de milho em São Paulo também se encontra nos mesmos patamares desde agosto de 2004, em reais nominais.