OBrasil exportou 400,24 mil toneladas de milho em março, volume 56,6% menor que o exportado em março de 2004. Entretanto, a importação foi a maior do ano. O volume atingiu 50,9 mil toneladas, 148% mais que o importado em março do ano passado.
Espera-se que a produtividade brasileira seja menor que 3,2 mil kg/hectare, enquanto na Argentina, a produtividade deve chegar a 7,95 mil kg/hectare. Ainda em fase de negociação, a tendência é que boa parte do milho importado pelo Brasil seja proveniente da Argentina.
Com a alta produtividade, seja pelo cultivo de grãos transgênicos ou por ajuda do clima, o milho argentino é competitivo no mercado internacional, podendo até ocupar mercados tradicionalmente abastecidos pelos Estados Unidos.
Devido aos preços baixos, a importação de milho argentino, pelo extremo Sul do Brasil, tende a ser mais vantajosa que a obtenção de grão do Centro-Oeste, por exemplo. Isso pode colaborar para o desequilíbrio da balança comercial do grão.
SOJA
Produtores brasileiros de soja estão desanimados com os preços. Evitando negociar, armazenam a produção, e seguram 41% da safra estimada.
A retenção dos grãos, em algumas regiões, leva a problemas de escassez de matéria-prima para abastecer indústrias e cumprir compromissos.
A lentidão nas vendas pode levar a situação semelhante à do segundo semestre do ano passado. Os preços despencaram, pelo excesso de oferta. Os estoques foram liberados ao mesmo tempo, deixando o mercado saturado.
O Brasil já colheu mais de 75% da área plantada com soja. O Centro-Oeste é a região onde a colheita mais avançou, 97% já foi colhido.
A Bolsa de Chicago segue com cotações estáveis. No curto prazo, o desempenho das lavouras dos Estados Unidos deverá ser o principal fator de influência nos preços da soja na Bolsa. O país é um dos principais produtores mundiais do grão, e promete safra recorde.