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Scot Consultoria

E o milho com isso?


Sexta-feira, 27 de junho de 2008 - 10h45

Os preços do milho andam tirando o sono de muita gente pelo mundo afora. As enchentes nos EUA, bem como os protestos na Argentina e as geadas no Brasil, reverteram a tendência de baixa, e propiciaram novos aumentos nas cotações internacionais do grão. No Brasil, os preços do milho começaram a recuar após atingir o pico em dezembro de 2007 (maior patamar dos últimos anos). Em abril, porém, voltaram a subir. Na terceira semana de junho, em plena safra, os preços médios do milho, em Campinas-SP, tiveram um reajuste de 13,28%, comparados à semana anterior. A cotação do último dia 23 alcançou R$30,50/saca de 60 kg. Esse valor não era visto desde janeiro, quando ainda estávamos em entressafra. Puxados pelos incrementos recordes nas cotações do milho, de 2007 para cá, produtos "dependentes" do cereal, como as proteínas animais, também estão em alta. Para o frango, no mercado interno, de maio de 2007 a maio de 2008, os preços do quilo da ave viva, em SP, estão 15,15% mais altos, chegando a R$1,62, em média. Junho, considerando a média até dia 26, já está registrando preço médio de R$1,75/kg. Aumento de 8,36% comparado a maio. Para o suíno o aumento de maio a maio foi ainda maior: 61,39%, respectivamente. E o boi começa a sentir os impactos do aumento dos preços do milho agora, com o fechamento dos animais em confinamento. A alta dos grãos no mercado internacional continua a inflacionar os preços dos alimentos no Brasil e no mundo. Em muitos países já existem conflitos por comida. No Brasil, o preço da cesta básica subiu, e com isso reduziu o poder de compra dos consumidores, enfraquecendo as vendas de carnes, em geral. O mercado de leite também perdeu força. Em junho, a projeção da inflação pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) já ultrapassou em 1,58 pontos a meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CVM) para o ano, chegando a 6,08%. Convencido de que a solução para o problema dos alimentos é diminuir a dependência externa, tanto de grãos como de insumos agrícolas, o governo já está tomando uma série de medidas, dentre elas o plano de incentivo à produção de trigo. Também estuda, juntamente com o setor privado, um plano para tentar atingir a auto-suficiência na produção de nutrientes fosfatados e nitrogenados para produção de fertilizantes.
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