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Scot Consultoria

Mais uma vez os INSUMOS


Quinta-feira, 15 de maio de 2008 - 18h54

Os fertilizantes continuam sua trajetória de alta, não mais acompanhada de reajustes nos preços dos grãos. Os preços da soja e do milho, que alcançaram patamares históricos no primeiro trimestre desse ano, interromperam a alta, principalmente em função da valorização do real frente ao dólar e pelas expectativas da nova safra americana, que ao que tudo indica retoma seu ritmo normal, já se recuperando do comentado atraso de plantio. A manutenção dos preços agrícolas ainda em patamares elevados é boa notícia, e pouco tende a mudar no médio prazo. Mas a contínua escalada nos preços dos insumos, que já chamava a atenção antes, agora já incomoda demais. Alguns países já passaram a limitar as exportações de produtos primários (alimentos) para segurar a inflação interna, outros estudam medidas semelhantes. Um clássico do gênero "tiro no pé". Atitudes como essa provocam mais distorções no mercado. Produtores rurais, que após longos períodos de achatamento de margem viam a chance de recuperarem um pouco a rentabilidade, agora se sentem acuados. E assim permanece o problema, a exemplo do que ocorreu com os pecuaristas brasileiros. A crise de preços, com custos de produção em alta, levou à redução de investimentos e ao descarte de matrizes. O resultado foi a retração do rebanho e redução da produção de carne. Movimento semelhante pode acontecer com a produção de grãos. Menos investimentos, menos produção, preços ainda elevados. A idéia de que uma proibição ou redução forçada das exportações resolveria o problema da "inflação de alimentos" é imediatista e equivocada. Na verdade, cria-se um impasse de longo prazo. No Brasil, o governo analisa alternativas para baratear o custo dos insumos. A possibilidade de se reduzir a TEC (Tarifa Externa Comum) e algumas tarifas portuárias para baratear o custo de transporte são alternativas interessantes para tentar limitar os aumentos dos custos. O problema todo é que, apesar dos aumentos dos preços pagos aos agricultores, as cotações dos insumos, notadamente dos fertilizantes, têm reagido em ritmo muito mais forte. Veja o exemplo da figura 1: apesar da valorização de 46,35% nas cotações do milho, comparado ao mesmo período do ano passado, é preciso negociar muito mais sacas do produto hoje, do que há um ano, para adquirir uma tonelada de super triplo.
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