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Grãos


Quinta-feira, 17 de janeiro de 2008 - 17h13

Caroço de algodão Ocaroço de algodão é um produto muito utilizado para a alimentação animal, principalmente para vacas em lactação. O caroço é um subproduto do beneficiamento do algodão (40% pluma e 60% caroço) e pode ser fornecido inteiro aos animais, sem necessidade de ser triturado. O farelo de algodão, produto obtido após a extração do óleo, também é utilizado na ração animal. caroço possui de 30% a 40% de proteína e de 35% a 40% de lipídios, sendo boa fonte de energia, proteína e fibra. O produto pode complementar o milho e, em alguns casos, até substituir a soja e o trigo na ração. Devido à presença de gossipol, é necessário observar a tolerância de cada categoria animal. Quanto ao preço, o caroço de algodão geralmente é ofertado a um custo menor comparado aos demais concentrados (soja, milho e trigo). Todavia, o produto encareceu significativamente nos últimos 10 meses. Em São Paulo, o preço passou de R$250,00 a tonelada em abril de 2007 para R$480,00 em janeiro de 2008 (alta de 60%). O aumento foi puxado pelo crescimento da demanda para a fabricação de biodiesel e para a própria ração animal e pelo aumento no preço do algodão. Além do preço menor, outra vantagem do caroço é que o pecuarista pode negociar sua compra diretamente com produtores de algodão, que já fazem o beneficiamento. Com isso, as chances de encontrar preços mais baixos aumentam. Trigo As cotações do trigo seguem firmes, alavancadas pela escassez do produto no mercado mundial e os altos preços do milho e da soja. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil tem, atualmente, um consumo anual de 10,5 milhões de toneladas, enquanto a produção dos últimos anos gira em torno de três milhões de toneladas (30%). O restante é importado. No Brasil os estoques estão baixos, preocupando os setores alimentícios e de ração animal. Diante da falta do produto e na tentativa de evitar a inflação interna, a Argentina, principal fornecedora de trigo para o País, fechou seus registros de exportação do produto. Além da preocupação com a inflação, a medida dos argentinos visa promover a farinha de trigo, já que o país elevou apenas as tarifas para exportação do trigo (de 20% para 28%), mas não aumentou a da farinha (10%). Com isso o Brasil poderá ter que ampliar suas compras do cereal em países fora do Mercosul, operação em que incide a Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC) de 10%. Prevenidos, o setor já reivindica do Governo brasileiro a retirada ou redução da TEC de trigo para que não haja aumento de preço para o consumidor. Com o intuito de garantir a competitividade do setor nacional, o Governo também pensa em taxar a entrada da farinha argentina no Brasil. É o verdadeiro "toma lá, dá cá!"
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