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Scot Consultoria

Soja e milho


Quinta-feira, 22 de novembro de 2007 - 19h05

Os preços elevados das commodities agrícolas no mercado mundial estão levando à inflação dos alimentos em vários países, como China, Argentina e Brasil. Na China, maior importadora de soja do mundo, a produção será baixa este ano devido a seca que atingiu a principal região produtora. Esse fator vem causando grandes aumentos no preço do óleo de cozinha, que já é um dos principais vilões da inflação no país. Assim, na tentativa de reforçar as reservas estatais e conter essa alta dos preços internos, a China está importando grandes quantidades de soja dos EUA e do Brasil. Em outubro, a China reduziu a tarifa de importação de 3% para 1% por três meses, e pensa em estender essa medida para mais um trimestre. A demanda mundial elevada, sendo a China um dos principais destinos, estão levando a cotação da soja a picos históricos na Bolsa de Chicago (CBOT). Na Argentina, que também tem problemas com a inflação, a medida para conter os preços internos foi elevar as tarifas de exportação de soja (de 27,5% para 35%), de milho (de 20% para 25%) e de trigo (de 20% para 28%). No Brasil, os preços da soja também estão altos, estimulando os produtores a plantarem mais, e estimulando investimento das empresas que atuam no setor. Um exemplo é a ampliação das plantas das esmagadoras de soja e a instalação de novas unidades. Além da crescente demanda, a indefinição quanto aos impactos do clima, do La Nina, na safra 2007/08, especialmente na região sul do Brasil, também ajuda a manter as cotações firmes. Para o milho o cenário não é diferente. Muita procura, pouca oferta e preços altos. Os preços bons devem-se à boa demanda, principalmente nos EUA (etanol), aos preços escandalosamente altos do petróleo e aos embarques para a Europa. Esse ano, as exportações nacionais de milho foram recordes e reduziram os estoques públicos. Esse cenário vem mantendo os preços internos e afligindo o setor de aves e suínos. Eles enfrentam aumento de custo de produção e não afastam a possibilidade de faltar milho antes do fim da entressafra. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) não acreditam em desabastecimento, mas em aumento de preços. Acreditam que com o cenário de demanda elevada e pouca oferta, o setor vendedor (produtores, intermediários e exportadores) estejam segurando o produto esperando por novas altas.
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