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Scot Consultoria

Os Efeitos do clima na agricultura


Quinta-feira, 25 de outubro de 2007 - 11h00

De acordo com a primeira estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada em outubro, a safra 2007/08 poderá atingir um novo recorde, caso o clima não atrapalhe. A expectativa é de que a área plantada com grãos atinja entre 46,68 a 47,72 milhões de hectares (aumento de 1,2% a 3,4% em relação à safra passada). No caso da soja, o aumento na área deverá ser de 2,4% a 5,7%, chegando a um total de 21,872 milhões de hectares. Para o milho o incremento na área deverá oscilar entre 1,5% e 3,0% em relação à 2006/07. Serão 14,42 milhões de hectares considerando as safras de verão e de inverno. A Conab acredita que a produção total de grãos atingirá algo entre 134,9 e 138,3 milhões de toneladas (aumento de 2,6% a 5,2% em relação à última safra), graças às expectativas de aumento da produtividade. Mas vale lembrar que esses números referem-se até o final da safra. As conseqüências do fenômeno climático La Niña já despontam na forma de atraso no plantio de verão em várias regiões do país. Pode haver redução de produtividade, além de atraso na safra de inverno. Para um futuro não tão próximo, o aquecimento global também pode interferir na produção de grãos no Brasil. Pesquisadores da Embrapa Informática Agropecuária e do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Universidade de Campinas, estudam as conseqüências do aquecimento global para as culturas do café, arroz, feijão, milho e soja no Brasil. Os resultados mostram que essas culturas poderão ter suas áreas de cultivo reduzidas praticamente pela metade assim que a temperatura média da Terra estiver 5,8 graus Celsius acima da atual, situação prevista para ocorrer em 50 a 100 anos. O estudo cruza as previsões do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática com o zoneamento de risco climático das cinco culturas, de modo a prever o que, quando e onde se poderá plantar diminuindo os prejuízos por causa do clima. No caso da soja, prevê-se que a elevação da temperatura em 1ºC pode comprometer de 20% a 30% da área apta ao plantio da oleaginosa. Os pesquisadores acreditam que o desafio do momento é a criação de variedades resistentes ao clima seco com recursos biotecnologicos. As alternativas estão nos organismos geneticamente modificados, na substituição de culturas em determinadas regiões e ampliação da irrigação em determinadas áreas. Enquanto isso, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), a solução é que os produtores sigam o zoneamento agrícola para cada município estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para evitar e/ou minimizar o comprometimento da produção e da produtividade das lavouras.
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