Soja sobe em Chicago, mas mercado brasileiro está estável

O mercado de grãos está especulado, típico do período de final de ano. As expectativas giram em torno da colheita nos Estados Unidos, que se aproxima do fim, e do plantio nos demais países produtores, como é o caso do Brasil e da Argentina. No caso da soja, existe pressão de baixa em função da previsão de aumento da produção em 2010. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), no seu último relatório (novembro), aumentou em 2,12% a expectativa de produção norte-americana, para 90,33 milhões de toneladas. Por outro lado, a forte demanda pela soja norte-americana deu sustentação aos preços na terceira semana do mês. O USDA indica um volume embarcado de 1,27 milhão de toneladas na primeira semana de novembro, montante bem acima da média dos últimos relatórios. Na Bolsa de Chicago (CBOT, sigla em inglês), a soja trabalhou em alta. Os contratos com vencimento em janeiro/09 romperam os US$10,00/bushel, com ganhos próximos de US$0,20/bushel no pregão do dia 17/11. No acumulado de novembro, a valorização da soja na CBOT varia entre 3% e 4%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), as cotações de soja acompanharam a alta verificada no mercado internacional. No mercado físico, no entanto, os preços seguem praticamente estáveis ao longo do mês. Em função disso, poucos negócios são realizados. Em Santos-SP, o preço-referência é R$47,50/saca de 60kg, enquanto que em Paranaguá-PR os negócios ocorrem, em média, em R$44,00/saca. No mais, os estoques brasileiros estão chegando ao fim e o produtor está voltado para o plantio. A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) estimou, no seu último relatório, um estoque (safra 2008/2009) de pouco mais de 2 milhões de toneladas de soja. O menor dos últimos quatro anos. * Bushel de soja = 27,216kg
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