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Scot Consultoria

Relatório traz novas perspectivas


Segunda-feira, 18 de agosto de 2008 - 17h02

Nem demanda aquecida, nem estoques finais ajustados deram suporte aos preços dos grãos. O relatório divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) chamado World Agricultural Supply and Demand Estimates não trouxe novidades ao mercado, a não ser a tão esperada projeção de safra que todos querem saber. E as notícias não foram favoráveis aos produtores brasileiros. A safra norte-americana vem melhorando a cada semana, e quem esperava uma quebra, devido às enchentes e excesso de chuva no período de plantio, se enganou. A queda de 35% para o milho e 28% para soja até a última semana serve para confirmar a afirmação. A tabela 1 ao lado mostra a produção projetada dos principais países, de soja e milho, divulgada pelo USDA. Apenas para ressaltar a importância dos EUA na produção e oferta de grãos, somente a produção de milho norte-americana equivale a quase toda a produção de grãos (soja e milho) somada dos demais países. Há quem diga que os preços apenas agora refletem seus reais fundamentos, ou seja, que os patamares históricos não refletiam, ou melhor, refletiam "em excesso" os estoques finais ajustados para os grãos. Com a saída dos fundos de hedge e de investimentos das commodities, a desvalorização também ocorreu de forma rápida e exagerada, assim como foi a alta. O fundamento que sustenta uma eventual alta encontra-se justamente no estoque final: apesar das previsões crescentes das safras de 2008, os montantes remanescentes permanecem inalterados, indicando uma demanda ainda aquecida, principalmente pelos países emergentes. De acordo com o mesmo relatório, houve uma redução significativa nos estoques mundiais da soja. Com a economia mundial sob risco de inflação, petróleo em patamares elevados e dólar desvalorizado, além dos riscos climáticos ainda existentes, as commodities voltam a ser alvo dos fundos de investimento, que regressam depois de sentir as incertezas da crise imobiliária americana. Vale a pena ressaltar que períodos de grande volatilidade podem apresentar momentos de oportunidade que não devem ser desperdiçados. Assim como a soja caiu de US$16,58/bushel para US$11,82/bushel na Bolsa de Chicago, hoje o "tom" dado pelo mercado é de ajuste positivo nas cotações, levando mais uma vez ao limite de alta.
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