Mercado frouxo para o milho e incertezas para a soja
Quinta-feira, 30 de junho de 2005 - 16h23
SOJA
Os produtores brasileiros de soja estão atentos às variações do mercado, comercializando timidamente sua produção. Mesmo assim, dada a quebra da produção em partes do país, o volume comercializado está maior que no mesmo período do ano passado. Daqui para frente a comercialização tende a aumentar. Os produtores iniciam as preparações para a próxima safra, sendo preciso realimentar o capital de giro.
A especulação em torno da produção dos Estados Unidos ainda é um fator que influencia fortemente o mercado. Ocorreram várias oscilações na Bolsa de Chicago ao longo da última semana.
A divulgação das condições das lavouras de soja norte-americanas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) constatou deterioração em algumas áreas, o que favorece a expectativa de recuperação nas cotações. Logo em seguida, a previsão de chuvas fez as cotações da Bolsa recuarem.
O rumo para as cotações da soja ainda é incerto. Vários fatores estão influenciando o mercado.
MILHO
As cotações do milho caíram nos último dias. Apesar da redução da safra ter provocado alvoroço, quando foi divulgado o volume de mercadoria que supostamente faltaria no mercado, os preços seguem frouxos.
A demanda pelo milho não está das mais altas e seu abastecimento está sendo feito principalmente pelos estoques do ano passado. Também tem havido importação, já que os preços do milho de fora estão atrativos em relação aos preços do mercado interno.
Outro fator que impede a recuperação dos preços é a queda das exportações, dado o câmbio extremamente desfavorável à competitividade do grão brasileiro no mercado internacional.
Nos primeiros meses de 2005 o Brasil exportou 1,04 milhão de toneladas de milho, 65% menos que no mesmo período de 2004.
Ao mesmo tempo, as importações aumentaram 34,7%. No curto prazo, a tendência é que os preços permaneçam relativamente frouxos.
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