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Milho em alta


Quinta-feira, 4 de janeiro de 2007 - 19h29

  • A última análise de mercado realizada pela FAO (órgão das Nações Unidas para questões relacionadas à agricultura e alimentação), de dezembro de 2006, destaca o cenário previsto para o mercado internacional de milho, diante das recentes altas nas cotações.
  • Segundo o relatório, em novembro de 2006, o preço do milho alcançou um patamar que não era observado há uma década. Entre os motivos está o aquecimento da demanda em função do mercado de biocombustíveis, e a previsão de safras menores, por problemas climáticos em importantes países produtores. PRODUÇÃO X DEMANDA
  • O aumento da produção não deve acompanhar o crescimento da demanda. A previsão é que ocorra um incremento de 1,9% no consumo, simultaneamente à queda de 2,2% na produção mundial de milho.
  • A queda da produção está prevista, sobretudo, nos países desenvolvidos, e está estimada em 6,0%. Enquanto que nos países em desenvolvimento deve crescer 2,4%.
  • O crescimento módico das exportações mundiais (0,6%) é outro fator que deve agravar o quadro de oferta bastante ajustada à demanda.
  • A Argentina, por exemplo, grande fornecedora mundial, restringiu a exportação para prover o mercado interno. O preço do milho no mercado chinês iniciou uma expressiva trajetória de alta, resultado da oferta ajustada à demanda. Nos Estados Unidos tem-se um aumento na demanda por milho devido ao crescimento da produção de etanol. Veja tabela 1. PREÇOS
  • Segundo o relatório, em novembro de 2006 os preços do milho para exportação dos Estados Unidos apresentaram alta de 70% em comparação a 2005, ao atingir o patamar de US$164,00/tonelada. A expectativa é de que essa alta perdure para a safra 2006/07. Veja figura 1.
  • Na Argentina foi observado crescimento semelhante, com o preço ao final de 2006 cerca de US$78,00/tonelada acima do observado em 2005. OUTROS CEREAIS
  • O aumento do preço do milho no mercado internacional deve deixar o comércio de outros cereais aquecidos.
  • A menor disponibilidade de sorgo nos Estados Unidos, a menor oferta de cevada e aveia na Austrália e de cevada no Canadá são outros fatores que devem induzir a um aumento de preço. BRASIL
  • De acordo com a FAO, o Brasil semeou com milho, em 2006, uma área maior que em 2005, o que permitiu o aumento na produção. A expectativa é de que a produção seja de 42,1 milhões de toneladas, em 2006, ante as 35,1 milhões de 2005, ou seja, crescimento de 20%.
  • Diante do cenário externo favorável, as exportações brasileiras podem crescer 117% na safra 2006/07, de 1,2 milhão de toneladas na safra 2005/06 para 2,6 milhões de toneladas.
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