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Esmagamento de soja cresce apenas 2,4% nos primeiros dois meses de 2014


Terça-feira, 22 de abril de 2014 - 09h12

Enquanto as exportações de soja e milho para países asiáticos e para a Europa cresce quase 200% ao ano, a indústria nacional teve um aumento de 2,4% em janeiro e fevereiro de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado.


O gerente de economia da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (ABIOVE), Daniel Amaral, participou da segunda edição do Mercado & Cia do dia 17/4 e criticou o sistema tributário brasileiro, que diminui a competitividade da indústria processadora do Brasil frente aos países importadores.


- A indústria hoje sofre bastante com o desequilíbrio tributário. O Brasil coloca impostos federais e estaduais que dificultam a agregação de valor internamente. O produtor rural perde porque não tem um cliente mais forte, o que faz com que ele se torne mais dependente de alguns mercados, como o chinês - avaliou Amaral.


A exportação direta de soja in natura não recebe incidência de ICMS, não é tributada com Funrural e também não tem PIS/COFINS, segundo o gerente. Já a soja no Brasil tem de pagar todos esses tributos.


- A indústria brasileira não tem a mesma competitividade, estamos exportando empregos para outros países, como Argentina, Estados Unidos e China, que tem uma política clara de agregação de valor para gerar empregos internos.


Hoje, a indústria de processamento está crescendo abaixo do potencial, a ociosidade chega a 40,0%. Amaral reforça que o Brasil tem capacidade e tecnologia, mas o desenvolvimento não se concretiza em aumento de processamento devido à pressão de impostos.


- Queremos que a tributação seja a mesma para soja industrializada aqui e para a exportada direto, poderíamos exportar outros produtos e não só soja e milho. Temos uma estrutura tributária ineficiente - completa Amaral.


Preços dos grãos


Para o gerente, o país deveria aproveitar o bom momento dos preços no mercado internacional, para reformas na política de tributação. Já os produtores rurais devem formar seus estoques, porque os preços tendem a aumentar, refletindo a situação internacional de demanda pelos grãos produzidos no Brasil.


Fonte: Canal Rural. 17 de abril de 2014.



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