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Aumento do investimento melhora a receita do produtor rural


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Quinta-feira, 28 de janeiro de 2021 - 06h00

A área de pastagem disponível no território nacional é de 153 milhões de hectares, alojando cerca de 213 milhões de cabeças de bovinos. A lotação é de 0,93 UA/ha (1,32 cabeças/ha) muito aquém do potencial que podemos alcançar com adição de tecnologias disponíveis no mercado. A baixa lotação tem impacto direto na produção de carne (@/ha), bem como na taxa de desfrute, idade de abate, exportação e por consequência arrecadação (U$). 


A taxa de desfrute (TD) é uma relação do numéro de animais abatidos em relação ao rebanho total. Quando levantamos os números de abate dos frigoríficos, percebemos uma taxa de desfrute a cerca de 20%, números esses bem abaixo dos maiores concorrentes que chegam em torno de 35% de TD (ABIEC,2019). A TD abaixo de 35% é considerada baixa (cria), > 45% (ciclo completo) e > 55% para recria e engorda. (Chaker, 2018). 


Adotando algumas tecnologias, tais como adubação, suplementação, podemos aumentar a TD, arrecadação e diminuir a idade de abate dos animais no território nacional. A adubação e suplementação vêm como grandes aliados para “acelerar” a produção de carne nacional, melhorando os índices zootécnicos dentro da propriedade rural.           


Sabe-se que quando intensificamos a produção de carne bovina, os custos de produção aumentam, por outro lado, conseguimos aumentar os ganhos diários, aumento do volume de animais acabados por período de tempo. Dessa maneira, diluindo o investimento e deixando a atividade pecuária atrativa.           


Para intensificarmos a produção de carne no território nacional, precisamos corrigir o solo, adubar adequadamente as pastagens e oferecer aos animais suplementos de boa procedência e com fontes dos minerais mais puras e biodisponíveis possíveis. Pois, como toda essa tecnologia, conseguiremos atingir patamares similares aos países concorrentes.



Foto: GettyImages


Mas aumentando meu investimento, vou aumentar a minha rentabilidade?


Bom, vamos pelo começo.


Com a correção e adubação adequada das pastagens, fornecendo na dose necessária os macro e micronutrientes, damos às pastagens plenas condições para aumentar o desenvolvimento radicular (raízes), produção de matéria verde (MV) e seca (MS), bem como melhorar a qualidade das pastagens. As melhorias na qualidade das pastagens vão do aumento da proteína bruta (PB), nutrientes digestíveis totais (NDT), aumento da renovação das folhas e com isso diminui a fração fibrosa e aumenta o aproveitamento das pastagens. Já a suplementação estratégica, no período certo e na quantidade adequada, vem para “turbinar” o ciclo de produção, principalmente os ganhos diários e, por consequência, encurtando a idade de abate, período de “estadia” e aumentando o “giro” de animais na fazenda.           


Sabe-se que, em média para cada 1 quilograma de fertilizante de boa qualidade, com tecnologia e com boas fontes de macro e microminerais, temos um aumento de cerca de 4 quilos de peso vivo; 2,7 quilos de carcaça e 1,5 quilo de carne. Levando em considerção um fertilizate com preço de R$ 3/kg e cerca de R$ 185/@, constatamos que para cada R$ 3 em fertilizantes que o pecuarista investe, ele tem o retorno de R$ 33 a mais. Logicamente que, esses cálculos dependem de vários fatores, como sistema de produção, área, preço praticado na compra e venda dos animais, suplementação, etc.           


Esse cálculo é para demonstrar que adotar alguma tecnologia para intensificar o ciclo de produção é necessário para aumentarmos o abate, exportação e processamento de carne bovina nacional e também aproveitarmos os ótimos preços praticados pelos frigoríficos.


Por: Fábio Borba Ferrari - Zootecnista



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