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Scot Consultoria

Cronologia dentária – revogação da obrigação


Quarta-feira, 5 de agosto de 2020 - 11h30

Fonte: Scot Consultoria


O Ministério da Agricultura publicou, em 24 de julho, a Instrução Normativa (IN) n.º 50, que revoga a necessidade do exame de cronologia dentária para abate de bovinos e bubalinos com rastreabilidade individual, destinados a países que exigem esse tipo de rastreio. A medida atende um pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e valerá a partir de 3 de agosto.


Por que a revogação

Tal revogação se deve ao fato de que muitos produtores rurais não estavam sendo bonificados pela rastreabilidade individual realizada no rebanho, já que, no exame de cronologia dentária pré-abate, havia desclassificação do animal por não atender os dados registrados na Base Nacional de Dados (BND) pela certificadora responsável.


Alguns pesquisadores informam que a cronologia dentária varia de acordo com a precocidade da raça, levando à erupção de dentes incisivos, observados na inspeção, de forma antecipada. Em algumas raças a erupção das pinças podem surgir com cerca de seis meses de antecipação, quando comparadas às raças autóctones (Quadro 1).


Esse fator é o motivador para que o exame de cronologia dentária fosse considerado pelo Ministério como subjetivo, já que a certificadora indica a idade do animal na BND e na inspeção ocorre a conferência da idade, podendo haver indicação de uma idade diferente da anteriormente indicada.


Quadro 1. Precocidade na erupção



Fonte: Elementos para a diagnose do sexo e idade em carcaças de bovinos. Disponível em: http://www.fmv.ulisboa.pt/spcv/PDF/pdf9_2002/11_RPCV543.pdf


Outros métodos de identificação da idade

A diagnose da idade do bovino pode ser avaliada recorrendo-se a outros métodos, como a ossificação de diferentes elementos do esqueleto. Até aos cinco anos de idade, quando ainda não ocorreu a ossificação das vértebras, a idade do animal pode ser datada pela observação das áreas do esqueleto axial que já ossificaram, com uma margem de erro de 5-6 meses. Estas informações podem ser ainda complementadas com a observação do estado da linha epifisária nos ossos compridos, acetábulo, etc.


Final

Portanto, recomenda-se que a diagnose da idade seja feita de modo com que vários elementos sejam avaliados, garantindo uma determinação mais fidedigna da era do bovino.



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