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China e Brasil: concorrentes ou aliados?


Terça-feira, 27 de setembro de 2005 - 12h46

A demanda por matérias-primas na China está crescendo. E o Brasil tem grandes chances de aproveitar a oportunidade e abocanhar parcela desse mercado. Segundo a cônsul-geral da China em São Paulo, os dois países têm boas perspectivas de cooperação econômica, principalmente nos setores de agricultura, mineração e tecnologia. A China pode se tornar o principal destino das exportações brasileiras nos próximos anos. O comércio entre os países é bilateral, ou seja, por um lado o Brasil importa eletrodomésticos, equipamentos, vagões ferroviários e materiais de escritório, enquanto a China compra autopeças, minérios, produtos siderúrgicos e agropecuários do Brasil. Em 2004, o comércio entre Brasil e China totalizou US$12,35 bilhões, aumento de 54,8% em relação a 2003. E ainda existe muito espaço para crescer. Além disso, cresce a cada ano o número de investidores chineses no Brasil, e vice-versa. Existem empresas como a Vale do Rio Doce, Petrobrás, Banco do Brasil, Varig e Embraer instaladas na China, totalizando mais de US$89 milhões. Entretanto, enquanto a China é um mercado em potencial para o Brasil, também representa uma ameaça, em função, principalmente, da mão-de-obra barata, que faz com que alguns produtos chineses, como os calçados, se mostrem extremamente competitivos frente aos concorrentes brasileiros. Um sinal de que a China ainda tem muito para crescer é que concentra mais de 20% da população do mundo e “somente” 4% do Produto Interno Bruto (PIB). A tendência é que esses números se aproximem. A China detém o segundo maior poder de compra do mundo, e seu comércio cresce cerca de 30% ao ano. É também o maior consumidor mundial de cereais, carnes, aço e carvão. Além de exportar matéria-prima ao gigante asiático, o Brasil poderá se beneficiar dos investimentos externos chineses. No ano passado, um terço de tudo que a China investiu foi destinado à América Latina. China e Brasil: concorrentes ou aliados? Depende de como se entenderem os burocratas de ambos os lados. (MGT)
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