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Scot Consultoria

Encontro de Criadores da Scot Consultoria entrevista o médico veterinário e diretor da Nelore Qualitas Leonardo Souza


Terça-feira, 2 de julho de 2013 - 10h03

 Nos dias 9 e 10 de julho acontecerá a primeira edição do Encontro de Criadores da Scot Consultoria, em Cuiabá - MT, onde o melhor time de analistas de mercado e de técnicos do setor discutirão o que será possível e o que será impossível para os criadores de bovinos.


 O evento reunirá os principais agentes-chaves da pecuária brasileira para expor objetivamente as novas tecnologias no sistema de cria no Brasil e no exterior, abordando temas como nutrição, sanidade, índices zootécnicos, manejo, reprodução, protocolos reprodutivos, genética de matrizes, competitividade e tendências.


 Mais informações em www.encontrodecriadores.com.br.



Um dos palestrantes será o Leonardo Souza, médico veterinário sócio diretor da Qualitas Melhoramento Genético, com 19 anos de experiência com consultoria em pecuária de corte.


Sua palestra abordará quanto o criador está deixando de ganhar escolhendo mal o reprodutor (touro e sêmen) para suas matrizes.


Para saber um pouco sobre a palestra, leia a entrevista que ele concedeu à organização do Encontro de Criadores da Scot Consultoria.


Entrevista com Leonardo Souza


Scot Consultoria:  Qual a importância do melhoramento genético nos dias de hoje e principalmente para a pecuária de cria?

Leonardo Souza: O melhoramento genético se torna extremamente relevante, uma vez que, os níveis atuais de produtividade do rebanho de corte brasileiro são insuficientes para competir com outras explorações do solo, como a agricultura. É um círculo vicioso, onde o pecuarista não investe em tecnologias para incremento da produtividade por que os animais não apresentam genética para responder com eficiência a estes investimentos, desestimulando a aplicação de tecnologia.


A genética é a base do sistema de produção, limitando a produtividade e eficiência do rebanho. No caso da cria, é impossível ser competitivo com 60% de índice de desmama, peso de desmama de 170 Kg e abate de vacas vazias com 13@.


Scot Consultoria: O que o pecuarista deve ter em mente ao começar a utilizar touros certificados?


Leonardo Souza: Os touros CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção) partem de uma prerrogativa de que somente, no máximo, os 30% melhores animais nascidos a cada safra, após acompanhamento de desempenho e avaliações genéticas, são considerados aptos à reprodução, ou seja, a multiplicar sua genética. Isto significa pressão de seleção. Fazendo uma analogia com a agricultura, os touros CEIP são como sementes certificadas que o agricultor compra para aumentar a produtividade de suas lavouras. Estas sementes respondem à determinados investimentos (correção de solo, adubação, controle de invasoras e pragas) que promovem à máxima eficiência produtiva da lavoura. E estas sementes são selecionadas das melhores plantas. Ou seja, nem todo grão de soja e milho serve para ser semente, somente os mais produtivos. Da mesma maneira, nem todo macho pode ser touro, somente os de maior desempenho e eficiência. E esta genética, que os touros transferem para seus filhos, irá modificar o potencial produtivo do rebanho, viabilizando o investimento em tecnologias para aumento da produtividade.


Scot Consultoria: Qual o status do Brasil no quesito melhoramento genético?


Leonardo Souza: O Brasil em termos médios apresenta um rebanho de baixo potencial produtivo. Por outro lado, existem rebanhos selecionados, que há 20 anos trabalham com avaliações genéticas como ferramenta de seleção, alcançando resultados até 7 vezes maiores que a média nacional. Ou seja, temos uma média péssima, mas temos ilhas de referência que nos mostram o potencial da pecuária brasileira. O desafio é multiplicar e difundir esta genética, para mudar este status.



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