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O mundo não tem interesse em crise no Brasil !!!


Terça-feira, 23 de agosto de 2005 - 14h56

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, de 23 de agosto, o ganhador do Nobel de economia em 2001, o americano Joseph Stiglitz, disse em conferência com empresários em São Paulo que não há interesse, no mercado financeiro internacional, de que o Brasil passe por uma crise na economia. Para o economista, em parte isso explica um dos motivos pelos quais a crise política não se estendeu à economia, que segue firme, mantendo o crescimento. O Brasil também está sendo beneficiado pela própria institucionalização da economia: “A institucionalização da política econômica já faz parte do espírito, da mentalidade brasileira”. Ele lembra, também, que o bom momento da economia internacional favorece o desempenho brasileiro. Mesmo assim, o Brasil ainda cresce mais lentamente que os demais países em desenvolvimento. A posição de Stiglitz é correta. Em meio a tantas crises políticas, a economia brasileira segue a trajetória de desenvolvimento, mesmo diante das imtempéries climáticas e da crise cambial, que minam o desempenho da agricultura, base do agronegócio - o carro chefe da economia brasileira. No entanto, Joseph Stiglitz diz que a crise política ainda pode afetar a economia. Caso, numa tentativa de recuperar a popularidade, o Governo passe a alterar os gastos, a crise certamente afetaria a economia. No entanto não seria por fatos indiretos, mas sim por uma resposta econômica do Governo para resolver a crise política, criada por ele mesmo. Assim, a economia seria afetada por ações internas, e não por especulações externas, segundo o ponto de vista do conceituado economista norte-americano. Em meio à toda crise política, também ajudou muito a rápida, e firme, resposta do Ministro da Fazenda, Antônio Palocci, sobre as acusações de que recebera propina durante seu governo à frente da prefeitura de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Palocci foi rápido e mostrou-se digno do cargo. Diferente de todos os protagonistas desta crise política que o antecederam – o que inclui o próprio presidente da república - Palocci agiu comprometido com os interesses da nação, e não simplesmente em defender o seu cargo. Palocci defendeu a economia e não o seu pescoço. Mesmo negando as acusações, o ministro disse que não é insubstituível e defendeu que a economia tem seus rumos garantidos. Essa ação teve efeito imediato no mercado. Na segunda-feira, 22 de agosto, os indicadores já apontavam a boa aceitação do mercado à postura do ministro. Se Palocci se envolveu de fato, e é culpado das acusações de seu ex-assessor, o decorrer das investigações dirá. No momento, sua postura foi correta e esfriou eventuais movimentos especulativos que poderiam prejudicar a economia. Agiu exemplarmente, ao contrário do que fez a maioria dos citados neste lamaçal de denúncias. (MPN)
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