Novas opções na discussão sobre royalties da soja

A Monsanto, empresa multinacional que detém o direito de produção da soja trasngênica no país, volta atrás na decisão de não oferecer desconto no preço pago pelo quilo de semente. Na semana passada, o deputado federal Moacir Micheletto (PMDB-PR) ressaltou a importância de preservar instituições de pesquisa tecnológica brasileiras, não permitindo o monopólio de desenvolvimento biotecnológico pela multinacional. Atualmente a Monsanto é a única empresa com permissão para produzir a soja trasngênica Roundup Ready, que apresenta resistência ao herbicida glifosato. Através dessa tecnologia o produtor pode realizar o controle de plantas daninhas na cultura sem se preocupar com danos à produtividade. Os agricultores buscam um acordo com a empresa com o objetivo de facilitar o pagamento das royalties, não de suspender esse pagamentos. A requisição dos agricultores era a de poder pagar a taxa para utilização da tecnologia após a colheita, não antes como vinha sendo feito. Na sexta-feira passada, a Monsanto ofereceu desconto de aproximadamente 43% sobre o preço das royalties, que passa agora a R$0,50 por quilo da semente. O preço da taxa tecnológica era outra reclamação dos agricultores. Entretanto, essa redução na taxa paga pelo quilo de semente ainda precisa ser aceita pelos produtores de sementes do Paraná, estado que apresenta 20% da produção nacional. A redução nos preços deve-se a modificações nos contratos entre a multinacional e os produtores de sementes, que viabilizará uma redução do preço final da semente. A Monsanto estuda a possibilidade de repasse das indenizações por uso de tecnologia de forma ilegal aos produtores de sementes. A multinacional repassaria ainda parte dos ganhos com o pagamento de royalties junto com bônus, dependendo do desempenho da empresa produtora de sementes. (LMA)
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