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Scot Consultoria

Dois é melhor que um? Nem sempre


Sexta-feira, 19 de agosto de 2005 - 13h47

O Brasil, maior exportador de carne bovina do mundo, enfrenta uma crise de preços no mercadio interno devido, principalmente, ao excesso de oferta. Quase 80% dos abates são destinados ao mercado doméstico. E apesar de não remunerar tanto quanto o externo, o volume que absorve - mais de 7 milhões de toneladas equivalente carcaça - sinaliza sua importância. Dessa forma, mediante o aumento do consumo de carne bovina por parte dos brasileiros, as variações na demanda seriam menos expressivas e as possibilidades de um excesso de carne no mercado seriam menores. Com a intenção de contribuir para o aumento no consumo doméstico de carne bovina, o Instituto Pró-Carne desenvolve campanhas publicitárias nos Estados de maior consumo. Essa é uma atitude indispensável para qualquer sistema de produção que dependa do consumidor final. É preciso trabalhar o marketing institucional do produto. Outra instituição que também contribui com o marketing da carne é o Serviço de Informação da Carne (SIC), que já está em funcionamento há algum tempo também objetiva a divulgação da importância e das qualidades da carne. Num momento em que as associações de produtores vêm ganhando força e a união dos frigoríficos já está consolidada, é de se estranhar a existência de duas organizações com o mesmo objetivo. Esforços conjuntos e canalizados poderiam alcançar resultados mais expressivos. Algumas associações de criadores, além do varejo, indústrias de insumos e frigoríficos, já se uniram a uma ou outra organização, mas creio que seja de consentimento geral que quanto maior o volume e qualidade de informações, melhor o conhecimento das necessidades do setor. Além disso, contribui para a tomada de decisões, permitindo um direcionamento mais eficiente dos trabalhos. A existência desse tipo de organização é imprescindível, mas serão necessárias inúmeras delas? Um fator interessante é que as maiores dificuldades que enfrentam estão relacionadas ao compromentimento da cadeia e ao recolhimento de recursos. A disputa por espaço entre elas não seria “um tiro no pé”? (LMA)
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