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Scot Consultoria

México e Canadá devem ter impacto pequeno nas exportações de boi


Quinta-feira, 10 de setembro de 2015 - 16h09

(São Paulo) A eventual abertura do México e do Canadá para a exportação de carne bovina do Brasil deve ter impacto reduzido para as vendas externas e os negócios no mercado físico do boi, prevê a Scot Consultoria. "Os dois países devem representar uma fatia pequena do faturamento das exportações e, mesmo que os mercados abram, não devem gerar movimentação a ponto de afetar o preço da arroba", afirmou a analista Maisa Modolo ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. 


Nesta tarde de quarta-feira, 9, a ministra Kátia Abreu anunciou que tem conversa marcada com representantes de México e Canadá para tratar da abertura dos mercados à carne bovina. O avanço comercial ocorre na esteira da liberação dos embarques aos Estados Unidos, que também integram o Tratado Norte-americano de Livre Comércio (Nafta) e abriram precedente diplomático para que seus dois parceiros iniciassem o diálogo com o Brasil. A ministra estima o potencial de vendas ao Canadá em US$ 190 milhões por ano, enquanto o México deve comprar US$ 165 milhões. Se confirmados, os valores representam menos de 5% do total exportado em 2014, que foi de US$ 7,2 bilhões.

A especialista da Scot Consultoria destaca, porém, que historicamente 80% da produção de carne bovina do Brasil é destinada ao mercado doméstico, de modo que as exportações têm menor influência na compra e venda de bois, o que também restringe o efeito positivo de embarques ao México e ao Canadá em termos de volume. "Neste caso, as aberturas seriam positivas porque temos queda nas exportações em 2015 com a redução da compra de grandes clientes", diz Maisa. As vendas externas também ajudariam no escoamento da produção em momento de crise macroeconômica no Brasil, em que o consumo interno está reduzido e há migração para proteínas alternativas, mais baratas, como a carne de aves e suínos.

Mesmo que a crise interna continue e a exportação avance, a analista não espera mudanças significativas na participação das vendas externas no escoamento da produção nacional. "A participação oscila um pouco, mas a tendência é que a maior parcela fique no mercado interno. Se a proporção mudar, isso será no médio ou longo prazo", diz. 


Fonte: Estadão Conteúdo.  09/09/2015.



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