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Scot Consultoria

Boi: Pecuarista resiste a aceitar preços mais baixos pela arroba


Segunda-feira, 18 de maio de 2015 - 18h08

Após a pressão de baixa nas últimas duas semanas, as negociações começam a mudar de tom no mercado físico do boi. Pecuaristas rejeitam as propostas de compras de lotes a preços abaixo da referência em algumas praças pecuárias, o que deu estabilidade às cotações nesta terça-feira. "O produtor sabe que há uma situação de baixa oferta, e mesmo que a arroba caia, ela não tem espaço para grandes reduções", afirma Maisa Modolo, da Scot Consultoria.


Em Mato Grosso do Sul, a Informa Economics FNP apontou queda da arroba negociada em Dourados e em Campo Grande. O recuo foi de R$ 1/arroba, para R$ 143/arroba à vista. Na capital do Estado, o Cepea também registrou baixa, de R$ 0,21, para R$ 140,87 por arroba, mas em Dourados a referência ficou praticamente estável, a R$ 140,13 (-R$ 0,01).


Em algumas regiões produtoras a combinação de melhora na oferta de animais terminados e de avanço nas programações de abate levou à queda da arroba. "Mas (a oferta) não tem intensidade suficiente para derrubar os preços", diz Hyberville Neto, também da Scot. A consultoria e o BESI Brasil registraram estabilidade neste mercado, a R$ 148,50/arroba e R$ 149/arroba, respectivamente.


A Informa, por outro lado, observou queda de R$ 1/arroba na referência paulista, para R$ 149/arroba. No Estado, a indústria mantém escala de abate em cinco dias úteis, patamar alcançado com compras em Minas Gerais e Goiás. Também na terça-feira, o indicador Cepea/Esalq fechou em alta de 0,98%, a R$ 149,00/arroba à vista. A prazo, a cotação avançou 0,68%, para os mesmos R$ 149/arroba.


Na BM&FBovespa, os contratos futuros recuaram. O maio, o de maior liquidez, cedeu R$ 0,47, para R$ 147,07, e o outubro caiu R$ 0,41, para R$ 152,74. A trajetória de queda começou no mês passado, após os contratos atingirem preços recordes.


O outubro, por exemplo, tocou a máxima de R$ 158,05 nas negociações do dia 7 de abril. Os valores chegaram a ser considerados excessivos por alguns analistas, que questionam a capacidade de o consumo doméstico sustentar tais preços. A demanda doméstica responde por cerca de 80% da produção nacional de carne bovina e enfrenta o impacto negativo da inflação elevada.


No atacado, as vendas de carne começam a esfriar após o Dia das Mães, que só fica atrás do fim de ano em volume de negociação. Os participantes do mercado avaliam a melhor postura para fechar negócios, mas a quarta-feira já deve registrar volume de compras maior que o dos dois primeiros dias da semana. Ontem, a Scot apurou estabilidade de preços da carne, com o quilo do boi capão a R$ 9,40, o dianteiro a R$ 7,85 e o traseiro a R$ 10,70.


Fonte: Agência Estado, publicado em 13/05/2015. Extraído do portal Futuros Agrícolas - http://www.futurosagricolas.com.br/conteudo/boi-pecuarista-resiste-a-aceitar-precos-mais-baixos-pela-arroba.html



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