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Scot Consultoria

Boi: Pouca oferta de boi e falhas em logística elevam preços da carne


Quarta-feira, 4 de março de 2015 - 17h04

A oferta limitada de bois terminados para o abate traz pressão de alta aos preços da carne no atacado. Em São Paulo, algumas empresas não têm animais o suficiente para preencher suas escalas de abate amanhã (3). Ao mesmo tempo, os transtornos de logística causados pela paralisação de caminhoneiros também dificultam o transporte do boi e da carne produzida em outras regiões para atender a demanda dos consumidores paulistas.

"Temos ouvido relatos de que isso está afetando principalmente a distribuição de carnes", afirma Gustavo Aguiar, analista da Scot Consultoria. Na sexta-feira, a Scot verificou alta nos preços do atacado. O quilo do boi inteiro subiu para R$ 8,51, de R$ 8,26 (+3,02%), o do traseiro se valorizou R$ 0,20, para R$ 10,80 (+1,89%) e o do dianteiro avançou para R$ 6,40, de R$ 6,10 (+4,91%).

A falta de animais para o abate também "pode criar um cenário de maior tentativa de compra de bois nos próximos dias, caso os preços da carne continuem a mostrar força crescente", segundo afirma a analista Catarina Gervai Pedrosa, do BESI Brasil, em comunicado a clientes. Até então, os preços no físico têm permanecido estáveis com a decisão dos frigoríficos de reduzir suas compras para não impulsionar a cotação da arroba.

Caso os problemas de logística sejam superados, é possível que as perspectivas se invertam e a carne se desvalorize. "Como se trata de um produto perecível, é difícil quantificar até que ponto essa carne (dos estoques) irá voltar integralmente ao mercado. Mas devemos ver uma reacomodação dos preços", diz Aguiar, da Scot.

Ainda na sexta-feira, a Scot registrou estabilidade nos preços da arroba em São Paulo. A cotação permaneceu em R$ 143,50 à vista e R$ 144,50 a prazo. Em Dourados (MS), a arroba também não sofreu alteração e ficou em R$ 138 à vista e R$ 140 a prazo. Os preços ficaram estáveis em 28 das 31 das praças analisadas pela consultoria.

Já o indicador do boi gordo Esalq/BM&F à vista subiu 0,50%, para R$ 144,38/arroba na sexta-feira. A prazo, a cotação diminuiu 0,63%, para R$ 143,49. No futuro, o março, com 285 contratos negociados, teve leve alta de R$ 0,08, para R$ 144,70/arroba. O maio, com 771 negócios fechados, aumentou R$ 0,21, para R$ 143,99/arroba. 




Fonte: Agência Estado, por Renato Oselame - renato.oselame@estadao.com - São Paulo/SP (publicado em 02/03/2015). 



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