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Scot Consultoria

Tragédia de Mariana causou perda de R$23 milhões a produtores rurais


Quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016 - 14h00


A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater­-MG) informou que os produtores rurais atingidos pela lama com resíduos de mineração gerada pelo rompimento da barragem da Samarco no município de Mariana tiveram um prejuízo de cerca de R$23,2 milhões.


Realizado entre novembro e janeiro, o levantamento, que incluiu as cidades de Barra Longa, Mariana, Ponte Nova e Rio Doce, apurou até agora os reflexos do acidente em 95% das propriedades atingidas (195 no total), onde moravam 295 pessoas. Conforme a Emater- MG, a área rural de Barra Longa foi a mais prejudicada, com 136 propriedades atingidas e prejuízo total de R$15,3 milhões.


Em Mariana, foram 52 propriedades afetadas e perda total de R$7,1 milhões, ao passo que em Rio Doce houve problemas em três fazendas (prejuízo total de R$670 mil) e em Ponte Nova, em outras quatro (prejuízo total de R$71 mil).


De maneira geral, a maior parte do prejuízo foi em áreas ocupadas por pastagens, capineiras, cana, grãos e hortaliças. Quase 1,3 mil hectares foram afetados. Mas também houve perdas por causa de 216 construções prejudicadas, 161 quilômetros de cercas, 293 máquinas e equipamentos e 1.596 animais perdidos, sobretudo aves.


"Tivemos 164 propriedades com menos de 50% da área atingida. Em muitos desses casos, será possível retomar a atividade agropecuária. Já em outras 31 propriedades, a lama destruiu mais de 50% da área. Nesses locais será mais difícil voltar a desenvolver as atividades anteriores. O mais indicado deverá ser a realocação dos produtores para outras áreas e transformar os locais atingidos em área de preservação ambiental, com trabalhos de contenção de erosão e revegetação", diz Amarildo Kalil, presidente da Emater­-MG, em comunicado.


A Emater­-MG lembra, finalmente, que "um estudo da Embrapa mostrou que o solo das áreas atingidas pela lama da barragem não apresenta condições para o desenvolvimento de atividades agropecuárias (...) A pesquisa também mostra que não foi detectada a presença de metais pesados em níveis tóxicos nas amostras coletadas".


Fonte: Valor Econômico. Por Marcos de Moura e Souza e Fernando Lopes. 16 de fevereiro de 2016.



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