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Inundações e secas provocaram 83% de perdas agrícolas mundiais, diz FAO


Segunda-feira, 30 de novembro de 2015 - 14h00


As inundações e as secas provocaram 83% das perdas nas plantações e rebanhos entre 2003 e 2013, o que evidência o impacto severo que os desastres associados ao clima têm sobre o setor agrícola, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (26) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).


A FAO, com sede em Roma, chegou a essa conclusão após analisar 140 desastres registrados em 67 países nesse período, e que afetaram pelo menos 250 mil pessoas.


Cerca de US$80 bilhões anuais foram perdidos nesses países, como resultado da redução da produção, sendo maiores os danos nos locais mais dependentes da agricultura, segundo o relatório publicado às vésperas da Cúpula do Clima de Paris.


O prejuízo econômico global - incluindo outros setores além da agricultura e todo o tipo de desastres naturais - foi calculado em US$1,5 trilhão. Já a média anual de desastres duplicou desde 1980.


A América Latina e o Caribe perderam US$11 bilhões em termos de produção agrícola, em 55% dos casos por causa de inundações e em menor medida por secas e tempestades.


Segundo o estudo, o país mais afetado da região foi o Brasil, após as inundações de 2009 no Nordeste e da seca de 2007 nas áreas de produção de café, que reduziram a safra em 10% e afetaram os preços internacionais do produto. Outros prejuízos significativos também foram registrados na Colômbia, México e Paraguai.


A Ásia concentrou cerca de 60% das perdas totais estimadas nessa década nos países em desenvolvimento - US$48 bilhões -, sobretudo pelo efeito das inundações em países como Índia, Filipinas e Paquistão.


Na África, os prejuízos foram de US$14 bilhões, principalmente provocados pelas secas, ameaçando a disponibilidade de alimentos e as economias em geral dos países subsaarianos.


Apenas três grandes desastres ocorreram no Oriente Médio nesse período, embora a região tenha sido a mais afetada em termos relativos ao registrar uma perda global de US$7 bilhões, concentrada em sua maioria após a seca de 2008 na Síria.


Fonte: G1. 29 de novembro de 2015.



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