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Integração da floresta na agropecuária incrementa renda do produtor


Sexta-feira, 29 de agosto de 2014 - 11h12

A integração da floresta com a pecuária e cultivo agrícola tem apresentado benefícios no que diz respeito à produção animal, oferecendo conforto térmico ao rebanho, além da melhoria nas pastagens. Conforme o pesquisador da Fundação MS, o biólogo Alex Melotto, Mato Grosso do Sul tem apresentado incremento de área florestal de 25,0% em média por ano. "A principal vantagem está na diversificação, com o uso do componente florestal, que diminui o risco mercadológico para o produtor", explica.


Conforme a ABRAF (Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas), o Brasil possui cerca de 7,1 milhões de hectares de florestas plantadas. No setor de papel e celulose, a madeira utilizada tem origem exclusivamente nas florestas plantadas. "De forma geral, o setor tem crescido no Brasil, capitaneado pelas fábricas de celulose implantadas em Mato Grosso do Sul", comenta o pesquisador.


Um dos benefícios das florestas plantadas para o produtor é o incremento de renda nas propriedades rurais e aumento da oferta de madeira para fins industriais. O pesquisador explica que, para alcançar esse benefício, é necessário o trabalho inicial de capacitação de técnicos e produtores.


"O grande desafio é formar profissionais, orientando corretamente desde o preparo do solo e a escolha das espécies, até o momento de entrada e saída de cada componente do sistema", salienta. Segundo Melotto, na maioria das regiões, há disponibilidade de mudas, mão de obra e insumos e a gama de produtos pode ser bem explorada. "Só assim, o projeto resultará em bons resultados financeiros e ambientais", ressalta. Além da diversificação, o plantio de florestas também é uma opção para suprir a demanda de madeira.


Outro benefício da silvicultura está na diminuição dos gases de efeito estufa. "Diversos estudos científicos mostram que um hectare de floresta de eucalipto em desenvolvimento sequestra, em média, 12 toneladas de carbono ao ano". O pesquisador lembra que nesse cálculo deve ser considerada a região, a espécie e o nível de desenvolvimento, uma vez que quanto mais jovem a espécie, mais CO2 sequestra. "Imaginando-se um setor com 6,7 milhões de hectares, chegamos a um valor médio de 80,0 milhões de toneladas sequestradas somente no Brasil, todos os anos".


Certificados florestais


Conforme o pesquisador Alex Melotto, os certificados florestais são importantes ferramentas para o estímulo da adoção da silvicultura sustentável. Além disso, beneficia práticas relativas ao Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono), que visa incentivar práticas sustentáveis para redução da emissão de gases de efeito estufa. "A certificação funciona como uma garantia de que aquela madeira ou produto provém de um processo de produção ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável, cumprindo a legislação nacional e os acordos internacionais", explica.


O processo é feito por meio de auditorias e checagens de empresas independentes que atestam o material. "É importante ressaltar que a certificação florestal é um processo absolutamente voluntário. Determinados mercados valorizam a certificação e até mesmo restringem empresas sem determinados certificados".


Fonte: Fundação MS. 28 de agosto de 2014.



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