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Período proibitivo de queimadas e incêndios florestais em Mato Grosso - 2014


Terça-feira, 15 de julho de 2014 - 08h58

A Famato (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso) divulgou um informativo técnico com o período proibitivo de queimadas e incêndios florestais de 2014.


Informativo Técnico Nº 25/2014


Com o objetivo de diminuir a incidência de queimadas e incêndios florestais no estado, que normalmente se agravam no período de estiagem, o estado de Mato Grosso determina que o período proibitivo de queimadas e incêndios florestais, no ano de 2014, será de 15 de julho a 15 de setembro, podendo ser prorrogado caso a umidade do ar esteja abaixo do índice indicado.


Em Mato Grosso a queima controlada é autorizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para limpeza e manejo de áreas. Mas apenas neste período, de 15 de julho a 15 de setembro, é proibida sua utilização para evitar os incêndios florestais.


A Famato orienta os produtores rurais sobre as prevenções que devem tomar contra os incêndios florestais e também sobre o que devem fazer caso a propriedade seja atingida pelo incêndio.


1. Prevenção aos incêndios em lavouras:


Neste período do ano o estado de Mato Grosso concentra uma grande quantidade de lavouras de milho e algodão. O tempo seco e a baixa umidade do ar aumentam riscos de queimadas.


Em pleno período de colheita da segunda safra de milho, incêndios acidentais ou problemas mecânicos podem afetar as lavouras e trazer prejuízos aos produtores.


Segue algumas orientações para esses casos:


a) Ficar atentos aos horários de colheitas;


b) Ficar atentos aos focos de incêndios próximos da propriedade (se for possível faça uma boa ação em ajudar apagar o foco);


c) Manter tanque dágua próximo ao local da colheita;


d) Os operadores de maquinas e funcionários devem estar preparados/treinados para tratar deste incidente;


2. Prevenção aos incêndios florestais:


Para se prevenir dos incêndios florestais é necessários a eliminação ou redução das fontes de propagação.


 As técnicas preventivas empregadas para evitar a propagação de incêndios baseiam-se principalmente no controle da quantidade e inflamabilidade do material combustível. As técnicas mais preconizadas são:


 a) Construção e manutenção de aceiros;


Podem ser naturais como estradas ou cursos de água, especialmente construídas para impedir a propagação dos incêndios, e para fornecer uma linha de controle estabelecida no caso de ocorrer um incêndio.


Um aceiro é uma faixa livre de vegetação, onde o solo mineral é exposto. De maneira geral, os aceiros não são suficientes para deter incêndios, porém são extremamente úteis como meio de acesso e pontos de apoio para combater os focos de incêndios.


Vale lembrar que os aceiros só são eficientes quando existe uma manutenção, mantendo-os limpos e trafegáveis principalmente durante a área de maior perigo de incêndios.


b) Redução do material combustível;


A eliminação ou a redução desse material é a forma mais eficiente para se evitar a propagação dos incêndios. Existem diversas maneiras de reduzir a quantidade do material combustível, tais como: meios químicos, biológicos e mecânicos. Além disso, também é utilizada a queima controlada, que embora perigosa é de baixo custo, principalmente para reduzir o material combustível no interior dos planaltos florestais. A queima da vegetação seca às margens de estradas de rodagem ou de ferro é também um meio eficiente de reduzir o material combustível.


c) Cortinas de segurança


 A implantação de vegetação com folhagem menos inflamável é uma prática eficiente para reduzir a propagação do fogo, pois dificulta o acesso do fogo às copas, facilitando o combate.


d) Locais de captação de água


O reflorestamento de pequenos cursos de água formando pequenos açudes é de fundamental importância para obtenção de água no caso de combate a incêndios. Recomenda-se a implantação de tomada de água a cada 5 km para assegurar uma eficiência razoável dos caminhões bombeiros no controle de incêndios. Além disso, esses locais de captação podem ser utilizados em outras atividades como: melhorar o microclima, recreação e piscicultura, auxilia o plantio e a aplicação de defensivos entre outros.


e) Planos de Prevenção


A fim de organizar os trabalhos de prevenção são elaborados os planos de prevenção. Nestes planos são detalhadas de forma simples e objetiva as atividades que serão desenvolvidas em uma determinada área para prevenir incêndios florestais.


O Plano de Prevenção engloba as seguintes etapas:


Obtenção de informações sobre as ocorrências de fogo e aspectos legais da área como: locais de maior ocorrência, período de maior ocorrência de incêndios durante o ano, tipo de cobertura vegetal da área, etc.


Determinar as causas mais frequentes dos incêndios e concentrar nestes esforços de prevenção. As causas variam de acordo com a região, sendo agrupados em oito tipos: raios, incendiários, queimas para limpeza, fogos de recreação, operações florestais, fumantes, estradas de ferro e diversos.


Decidir quais as técnicas e medidas preventivas serão adotadas, quem irá executá-las e quando serão executadas. No plano deverá ficar estabelecido qual será a melhor forma, por exemplo, de adequar a população de uma determinada região. Assim como a pessoa e a equipe responsável pela atividade prevista, com um cronograma indicando o início e o término de cada atividade planejada.


Obter informações sobre todas as operações desencadeadas pelo plano de prevenção, a fim de auxiliá-lo, corrigi-lo e dar novas condições quando for necessário.


3. Medidas necessárias para apresentar defesa:


Você que teve sua propriedade atingida por fogo deve adotar, o mais breve possível, as seguintes medidas:


a) Comunicar, imediatamente, o corpo de bombeiros ou prefeitura municipal;


b) Comparecer à delegacia mais próxima, registrar Boletim de Ocorrência (BO), identificando e cadastrando, pelo menos, duas testemunhas; solicitar a presença de autoridade policial no local para relatar o fato no BO;


c) Registrar a ocorrência do fogo na unidade do Corpo de Bombeiros ou prefeitura municipal;


d) O proprietário deverá coletar o maior número de provas possível para evidenciar os danos causados pelo fogo;


 e) É importante que um profissional habilitado elabore um laudo técnico após a ocorrência do fogo;


Fonte: Famato. Por Lucélia Avi. 15 de julho de 2014.



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