• Sexta-feira, 19 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Setor de carnes se reestrutura com retomada de 5 mil abates


Segunda-feira, 25 de maio de 2009 - 09h42

A queda de braço com os frigoríficos começa a dar resultados positivos aos pecuaristas. Após semanas sem negociar a venda a prazo dos bois às empresas inadimplentes, seguindo orientações das entidades representativas do setor, os criadores observam a valorização do preço dos animais e recebem as primeiras parcelas das dívidas dos frigoríficos. Na última semana, a cotação do boi registrou aumentos significativos nas suas principais praças. Uma das regiões que apresentou alta de preços foi o Mato Grosso. Segundo levantamento realizado pela Scot Consultoria, as três regiões consultadas apresentaram reação de R$1,00 a arroba, ou seja, 1%. O mesmo aumento foi observado em Minas Gerais. “Diante dos preços menores que os frigoríficos vinham pagando, o pecuarista reduziu a oferta de gado para abate aproveitando o finalzinho das pastagens”, avalia Rafael Ribeiro de Lima Filho, analista da Scot. Em São Paulo, a valorização foi de quase 4%. Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços do boi gordo voltaram a reagir devido à menor oferta de animais prontos para abate. No Mato Grosso do Sul, onde a expectativa é a de que os preços da arroba do boi gordo atinjam R$75,00 na próxima semana, a oferta reduzida tem sido um dos principais trunfos na elevação dos preços. Segundo dados da Superintendência Federal de Agricultura do Mato Grosso do Sul, os abates de bovinos no Estado caíram 13,5% nos primeiros quatro meses de 2009, ante o mesmo período de 2008. Recebimento das dívidas Hoje, o Marfrig retoma as operações da sua unidade no município de Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul. A planta tem capacidade de abate de 850 cabeças por dia. Para reabrir a fábrica o frigorífico contratou este mês 300 funcionários, número que ainda é inferior aos 460 funcionários que foram demitidos após a paralisação da unidade, em outubro do ano passado. Desde o último dia 18 de maio, quando o Independência retomou os abates na fábrica de Rolim de Moura, em Rondônia, outras cinco plantas voltaram a operar, somando uma capacidade de abate da ordem de 5,2 mil cabeças por dia. Além do Marfrig, o frigorífico Quatro Marcos e o Grupo Arantes retomaram as atividades no Mato Grosso. O retorno das operações só foi possível após o pagamento das primeiras parcelas das dívidas que os frigoríficos inadimplentes realizaram aos seus credores. O Quatro Marcos localizado na cidade de Vila Rica depositou R$500 mil, referente à primeira parcela de 12, que ainda vão ser realizadas. Esse valor corresponde ao acordo que foi firmado entre os pecuaristas e a unidade frigorífica, no mês passado, de um crédito equivalente a R$8,5 milhões. Fonte: Capital News. 25 de maio de 2009.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja