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Scot Consultoria

Milho e soja elevarão em 3,7% a produção paulista de grãos


Quarta-feira, 23 de junho de 2010 - 11h19

O desempenho do agronegócio paulista, que atravessa um momento positivo e crescente, ajudou a segurar o déficit do estado, que subiu para 109,7%, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA). As exportações do setor nos cinco primeiros meses de 2010 cresceram 23,4% em relação a igual período de 2009 e atingiram US$6,90 bilhões. A cana-de-açúcar, a pecuária e a citricultura estão entre as principais culturas de São Paulo. No entanto, a região também investe em grãos e, com isso, a colheita nesta safra deve crescer 3,7%. “A balança comercial de São Paulo depende estritamente da agricultura, que amenizou o tamanho do buraco (na economia)”, afirmou José Sidnei Gonçalves, pesquisador do IEA. O saldo comercial do agronegócio paulista saltou de US$3,37 bilhões para US$3,93 bilhões, no fechamento de janeiro a maio. No Brasil, o superávit do setor agrícola estava em US$18,66 bilhões e foi para US$20,91 bilhões, 12,1% superior a 2009. Gonçalves contou que 80% da exportação de São Paulo é de produto agrícola processado, enquanto 20% é de cultivo básico. Na média nacional o cenário é inverso: 54% das embarcações são de produção básica, contra 46% de produtos processados. “São Paulo é um exportador agroindustrial e o Brasil é um (exportador) primário”, explicou. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, junto com o IEA e a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), realizou, em abril deste ano, a quarta previsão e estimativa da safra agrícola para as principais culturas do Estado de São Paulo. Nesta safra, a colheita de grãos deve somar 6,5 milhões de toneladas, alta de 3,7% em relação a 2009. Os maiores volumes são para soja safrinha (360,1%) e milho safrinha (27,8%). Cana-de-açúcar A área estimada com plantio de cana-de-açúcar, na atual safra agrícola, ficou estável em 5,5 milhões de hectares. O levantamento indica que, de 2009 para 2010, houve contenção na expansão da cultura no estado, e que alguns fatores influenciaram, como o preço do álcool no mercado internacional - que está abaixo do custo de produção - e tratos culturais errôneos que comprometem a entrada de novos players no mercado, bem como o rendimento dos canaviais já em produção. Ainda de acordo com o estudo podem ocorrer pequenos decréscimos na produção da safra atual, se comparada à última temporada, de 1,2% para 418,0 milhões de toneladas produzidas e rendimento de 84,4 toneladas por hectare. Para Miguel Biegai, consultor da Safras & Mercado, na safra 2009/2010 para 2010/2011, o estado ganhou aumento em 6% de área em cana. Logo atrás, ficou Minas Gerais que teve acréscimo de 10% em área, entre os mesmos períodos. De acordo com Canasat, na temporada 2008/2009, houve, em São Paulo, aumento em 12% da área plantada. A produção de cana saltou de 3,62 milhões de toneladas para 384,5 milhões de toneladas - aumento de 6% - de 2009/2010 a 2010/2011. Pecuária As exportações da pecuária do Brasil tiveram bom desempenho, durante os cinco primeiros meses de 2010, conforme explicou Hyberville Neto, analista da Scot Consultoria. “Os embarques melhoraram porque o volume de carne in natura foi 7% maior em relação ao mesmo período do ano passado”, disse. Em 2009, segundo Neto, os abates em São Paulo ficaram em torno de 5 milhões, atrás apenas do Mato Grosso, com aproximadamente 5,3 milhões de abates em igual período. “Mas não dá para calcular, em São Paulo, os abates de (boi) informais”, disse. Citricultura Nos últimos 15 anos, a citricultura perde área para a cana, segundo afirmou Flávio Viegas, presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus). Com a baixa remuneração ao produtor e prejuízos devido a doenças cítricas, o citricultor perde o estímulo. Viegas acredita que nos próximos anos a produção da citricultura continue em queda. Para este ano, o cultivo deve ficar entre 270 e 280 milhões de caixas (estimativa das indústrias), em São Paulo. O estado produz cerca de 80% da produção, enquanto Bahia e Paraná produzem de 3% a 4%. Fonte: DCI. Agronegócios. Por Diego Costa. 23 de junho de 2010.
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